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Jornada do Herói e Renascimento

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Autor Antonio Vaszken Dichtchekenian

Assunto Psicologia
Atualizado em 7/27/2014 10:18:35 PM


A Jornada do Herói é a trajetória que todos temos em nossa existência, em direção ao que Carl Jung chamou de individuação, e ao que Abraham Maslow cunhou de autorrealização.

Significa tornar-se quem realmente somos, tornar reais todos os nossos potenciais (aquilo que temos a realizar, e que somos nós mesmos).

Ao longo da vida, recebemos milhares de informações, de modo verbal e também não-verbal.

Inicialmente aprendemos através dos pais, que nos ensinam o que é ser amado (função materna) , o que é o certo e o errado, e quais são os limites (função paterna).

Em seguida, recebemos novas informações da escola, pelo caminho dos professores e dos colegas nos ensinam o que é o mundo, e de que maneira ocorrem as relações pessoais, vai além do contexto familiar. É neste contexto que começamos a nos espelhar em exemplos de conduta, por exemplo num professor, num amigo que tem características admiráveis e/ou invejadas.

Em todos esses momentos estamos recebendo informações (input) que também nos dizem que somos: sou um filho, um irmão, um sobrinho, um aprendiz, um amigo, e assim por diante. Pela forma que estamos aprendendo e adquirindo conhecimento e autoconhecimento simultaneamente, é inevitável ocorrer também um julgamento / avaliação positiva e negativa acerca do modo como estamos no mundo.

Nos consideramos um bom filho em certas situações, mas se vamos por um caminho diferente daquele que ensinaram os nossos pais, podemos nos perceber como um filho desobediente ou rebelde, passível ou não de punições.

A jornada do herói é toda uma série de desafios que se apresentam frente a cada um de nós, em direção a uma transcendência e superação de quem somos. A nossa auto-imagem, como nos percebemos e o modo como agimos em relação a essa imagem, se modifica ao longo da vida.


O primeiro momento desta jornada ocorre no lar, num lugar seguro e tranquilo, praticamente inabalável, onde o herói se encontra em tranquilidade. Nesse momento, tudo está bem simplesmente porque "tem que ser assim", é o berço de todos nós.
Independem das ações do herói, o bem-estar e a tranquilidade, pois eles já existem antes de sua concepção.
O útero materno também é um lugar assim, o bebê está ali em paz e tranquilidade, sem precisar fazer nada, simplesmente sendo. O bebê e o útero são uma coisa só, indiferenciada.


Num segundo momento, ocorrem alguns sinais de que algo está prestes a acontecer - é o chamado da aventura.
A segurança e tranquilidade são abaladas, a instabilidade começa a se manifestar, começam a surgir sentimentos de medo, perigo e ameaça.
Uma nova situação está emergindo, as condições de segurança começam a se desfazer, e o herói é chamado para agir.
Apenas os heróis são chamados, e são exclusivamente eles quem atendem a esse chamado.
O útero começa a contrair-se, os sinais químicos se alteram, o conforto é substituído pelo desconforto cada vez maior. O paraíso está sendo perdido, e vai ser deixado para trás definitivamente...

O terceiro momento pelo qual o herói atravessa são uma série de desafios, onde ele é posto à prova, testado em todas as suas capacidades e aptidões. Sabe lutar? É inteligente? Sabe escolher qual caminho deve seguir? Consegue enfrentar os seus medos?
É um contexto de luta e de necessidade de sobrevivência, um ambiente de confronto e oposições. Herói "versus" Mundo.
Não é possível mais regredir, apenas avançar. Tentações e desafios cada vez maiores, onde o sacrifício (sacro-ofício) parece ser uma chave constante. O trabalho de parto está no estágio de fortes contrações, e o bebê está no meio do canal de parto, sendo empurrado em direção à estreita saída, lutando pela sobrevivência.

O último e quarto momento está relacionado com experiências de nascimento e de saída do canal do parto, a chegada aos braços da mãe, e ao reencontro com o lar e o mundo novamente seguro, só que desta vez, a segurança é o resultado de uma grande luta e superação dos desafios. Muito ficou para trás, muitas perdas necessárias, o novo e o inesperado aconteceram, nem tudo que foi planejado inicialmente ocorreu realmente. Houve um renascimento de um novo ser, novas contingências, uma visão de mundo resultante do esforço e do sacrifício pessoais e coletivos. Colaboração superou o individualismo. Contato com a Mãe-Natureza, integração dos opostos, masculino e feminino juntos.

Esta jornada ocorre em vários aspectos de nossa vida, em geral, ela ocorre toda vez que uma mudança se faz necessária. Quando estamos acomodados e acostumados completamente a alguma situação, há um momento de desconforto, que tem o potencial de levar a uma renovação, a um processo de morte-renascimento.
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Antonio Vaszken Dichtchekenian   
Pós-graduado em Psicologia Transpessoal Aplicada, pela UCG-GO. Graduado em Psicologia pela PUC-SP. Especialista na teoria de Stanislav Grof. Psicoterapeuta Transpessoal. Endereço: Rua Aimbere, 1731, Perdizes. Telefones: (11) 3865-7557 e 99955-0353
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