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Mulheres que amam demais!

Atualizado dia 12/1/2013 9:39:20 AM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Amar é tão bom. Feliz aquele que ama. Que ama a si mesmo e que tem outros para amar. Compartilhar a vida com alguém, então, é muito mais gostoso e enriquece em muito a própria condição de estar feliz. Mas há pessoas que, por razões desconhecidas, sofrem em demasia porque amam, amam demais.
Como pode ser possível sofrer por amar demais? Aí se pergunta: Amar demais a quem? Há inclusive um grupo, hoje já instituição, para acolher mulheres que amam demais: MADA. Tal qual os Alcoólicos Anônimos ou Narcóticos Anônimos, se propõem a dar suporte e orientação, fazer o acompanhamento e orientar na busca da libertação dessa também dependência, a dependência do outro.
Esse mal não escolhe cultura, grau de instrução, classe social. Assola as mulheres que, desapercebidamente afastaram-se de si mesmas e agora estão à mercê de outros.

Sim. Mulheres de todos os níveis e classes sociais sofrem por “amar demais”. Entre aspas porque, na realidade, amam pouco a si mesmas. Das mais humildes às mais inteligentes, formadas e profissionalmente bem-sucedidas, no amor se desestruturam. Podemos dizer que se “desintegram”, e aí são capazes de tudo para tentarem do outro, manifestações que as possam preencher, fazer com que se sintam amadas. Impossível, pois não há como sentir-se amado se antes não houver o amor por si mesmo.

O que leva uma mulher a isso? Não se amar? Não se valorizar? Muitas mágoas reprimidas, acreditar não ser merecedora de ser amada e uma grande insegurança interna. Quando um relacionamento se inicia, inicia-se também um ciúme que vai ganhando proporções incontroláveis, comportamentos que buscam “preservar aquilo que não se quer perder”.
Pela baixa autoestima, não se julgam capazes de manterem um relacionamento e de serem amadas, e em todas as atitudes do ser amado identificam desinteresse e não amor para consigo mesmas. Começam a “cobrar” comportamentos e manifestações de seus parceiros que não faz sentido, mas não percebem dessa forma, que apenas querem ser reconhecidas e amadas.

A incoerência no comportamento se faz presente. O ciúme ganha uma proporção que supera qualquer bom senso. A ação incoerente vai se tornando uma rotina. Quando cobradas pelos companheiros, dizem que não mais agirão dessa forma, reconhecem que agiram sem qualquer fundamento de razão, mas no momento seguinte, novamente agem impulsivamente, cobrando, agredindo, agindo sem qualquer base ou fundamento.

O comportamento é obssessivo-compulsivo. Com o pensamento fixo de não estarem sendo amadas e estarem perdendo seus amores, possuem uma “força interior” que impulsiona em direção à uma a ação desmedida e descontrolada. Imagens surgem em suas mentes, onde estão sendo traídas e passadas para trás, vêem em qualquer gesto ou olhar uma “prova” de suas alucinações. Grandes dramas e dissabores estão ocultos, sofrimentos não percebidos para serem tratados e que fazem com que seja impossível obter uma autoimagem satisfatória.
Muitas perdem seus amores pelo comportamento desmedido e até “tresloucado” que têm. Poucos são os que realmente conseguem suportar e acompanhar suas companheiras nessa viagem da restauração da saúde emocional e de suas capacidades de realmente amarem. Vencerem o medo de serem abandonadas e de que poderão continuar a viver é algo impossível de vislumbrarem.

O caminho para se sair desse estado é longo, mas existe. Eliminar a autocrítica, identificar seus reais valores e ser condescendente consigo mesmas, pode ajudá-las a melhorar as autoimagem e autoestima, aprendendo a amar a si mesmas. Podem iniciar gradativamente a identificar gestos amorosos para consigo mesmas e assim deixar de cobrar comportamentos pré-determinados como demonstração de amor.

Como qualquer outro comportamento obssessivo-compulsivo, a redução da ansiedade faz-se primordial como um dos primeiros passos, após a aceitação de que precisam de ajuda como um caminho para eliminarem a dependência do outro para serem felizes.

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