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O JOGO QUE DESGRAÇA

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Autor Oliveira Fidelis Filho

Assunto Psicologia
Atualizado em 31/05/2010 16:02:52


  Li, não lembro onde nem quando, que um asilo contratou um novo administrador. Entre as observações feitas, constatou que o caminho ligando o dormitório ao refeitório era ladeado de plantas cujas folhas, espinhos e até mesmo o pólen, provocavam muitos desconfortos. Verificou-se que vários velhinhos eram alérgicos às plantas existentes, passavam muito tempo comparando, mostrando e falando sobre os arranhões, ferimentos e alergias provocadas por elas.

Pense: o que você faria se estivesse no lugar do administrador?

O administrador não teve dúvida em providenciar a substituição das plantas e caprichou em um novo projeto de jardinagem. Ficou muito mais bonito? Sim! Os velhinhos amaram?  Na verdade NÃO!!! Tempos depois, se encontravam silenciosos, macambúzios e alguns ainda mais rabugentos. Sabe por quê? Não tinham sobre o que falar, faltava ferida e alergia para exibir, desgraças para compartilhar.

E por falar e velhinhos, seja gentil com seus filhos, pois eles escolherão o seu Asilo

Constantemente, pessoas se encontram para a prática da desgraça. Entre os aficionados por este esporte encontram-se pessoas com síndrome da mulher de Ló, síndrome de urubu, vampiros, masoquistas, sádicos e injustiçados crônicos. 

O jogo é um tipo de vale tudo, sem regras definidas, local para acontecer, nem tempo para terminar, mas geralmente termina pior do que começa. Basicamente, é disputado da seguinte forma: mínimo de duas pessoas e qualquer participante pode iniciar, pois, não há beneficio nisso.  Ganha quem contar a maior desgraça, com maior carga emocional, atraindo o maior sentimento de pena e gerando a maior quantidade de energia negativa.

Creio que o jogo da desgraça devesse fazer parte das olimpíadas, pois se enquadra perfeitamente dentro de alguns critérios necessários para que um esporte se torne olímpico. 

Um dos critérios é ser universal, ou seja, presente em um grande número de países e com grande participação. Sem dificuldade!

Ser praticado por homens e mulheres. Satisfaz plenamente o critério.

O torneio olímpico deve ser o ápice do esporte em questão. Não vejo problema.

Seguir rigorosamente as diretrizes da Agência Mundial Antidopagem. Aqui podem surgir algumas dificuldades.

Hoje (2010), sete esportes brigam para ingressar no programa olímpico a partir de 2016: beisebol, softbol, rugby de sete, rollerskating, golfe, squash e karatê, a desgraça seria o oitavo.

Para a televisão seria tudo de bom, para mídia televisiva quando mais desgraça melhor, afinal é grande a demanda por esse tipo de entretenimento.

Mas, o que caracteriza um bom praticante da desgraça?

1. Sofrer da síndrome da mulher de Ló. Defino assim aqueles que presos ao passado, seja pelo ganho seja pela perda, paralisam sua existência. Pessoas que dirigem a vida com os olhos fixos no retrovisor, que vivem sem expectativa em relação ao futuro e com nenhuma alegria ou gratidão no que tange ao presente. O assunto delas gira em torno de acontecimentos bons ou ruis que ficaram no passado; só o corpo encontra-se no presente, pois o pensamento e os sentimentos pertencem à outra época, em algum lugar distante.

2. Síndrome de urubu. Defino assim pessoas que só cheiram carniça, cujos olhos são treinados para ver o que há de podre. São críticos mordazes, vivem sem encantamento, seu assunto preferido gira em torno do erro, desastre, tragédia, desgraça, do defeito em alguma coisa ou de alguém, do mal feito. Para tais pessoas o mundo realmente jaz no maligno.

Sei que estou sendo injusto com os urubus pois, enquanto estes limpam o planeta das carniças, os que possuem síndrome de urubu ampliam e espalham as mesmas.

3. Vampirismo. Pessoas vampiras sugam a energia das outras. Isso acontece quando alguém possui amor utilitário, ciúme, inveja, sentimento de posse, e vive faminto de alimento para suas carências. Necessitam serem supridas constantemente pela atenção do outro, pela valorização do outro, pelo tempo do outro.  Conviver com pessoas vampiras gera enfermidade, fraqueza e até depressão. Quanto mais sensível ou sensitivo é alguém, e menos consciente do processo, mais sentirá os efeitos do vampirismo, desde um leve sentimento de tristeza até incômodas dores físicas.

É fácil perceber o vampirismo em ação. Num momento algumas pessoas estão alegremente conversando, a energia positiva está fluindo livremente, até que alguém conta sua historia triste, o clima muda, há uma sensação de abatimento pois a energia dos felizes passa a ser sugada pelo infeliz.

O vampiro é vazio de vida em si mesmo, por isso necessita nutrir-se do sangue do outro. O problema é que quanto mais pessoas dispostas a alimentá-lo existem, mais cresce sua fome. Alimentar um vampiro é alimentar um monstro por mais que ele tente nos sensibilizar, consciente ou inconscientemente de sua manipulação.

4. Masoquismo. Identifico como masoquismo o prazer mórbido em relatar - recorrentemente - sofrimentos, carências, infortúnios, perdas, enfermidades. São masoquistas pois a cada relato ampliam o sofrimento; entretanto, sentem prazer na reclamação, em contar suas inúmeras dificuldades ou uma dificuldade inúmeras vezes.

5. Sadismo. Chamo de comportamento sádico, o das pessoas que parecem alegrar-se em infligir sofrimento a outras, com suas histórias tristes. De certa forma, os aficionados amantes do jogo da desgraça podem ser vistos como sadomasoquistas; há neles um prazer mórbido em sentir e provocar dor.

6. Injustiçados crônicos.  São os que entendem que os seus infortúnios são sempre culpa de alguém. Jamais assumem responsabilidade pelos acontecimentos limitantes relacionados a eles. São mestres em escapismo e em transferir responsabilidades. Usam de suas limitações e sofrimentos como eternas desculpas, acovardando-se diante da vida. São eternas vítimas, injustiçados crônicos, para eles lamentar é preciso.

Caso não se queira permanecer entre os praticantes da desgraça, pode-se mudar de time, há a alternativa de praticar a Graça. Nesta modalidade, as pessoas assumem 100% da responsabilidade do que lhes acontece, vêem tudo como preciosos aprendizados, e vivem alegremente, exercitando-se na prática da Fé, da Esperança e do Amor.

 
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Oliveira Fidelis Filho   
Teólogo Espiritualista, Psicanalista Integrativo, Administrador,Escritor e Conferencista, Compositor e Cantor.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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