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O lugar das perdas em uma vida boa

Atualizado dia 24/05/2011 09:21:11 em Psicologia
por Regis S Mesquita de Oliveira


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Olha que interessante este email:

"Emprestei trezentos reais para um amigo. Quis ser generoso e camarada com ele. Quase deu certo! Só faltou ele me pagar. Depois que recebeu o dinheiro, ele mudou comigo. Se distanciou e aproveitou do menor problema para brigar comigo. Desta forma, arranjou uma desculpa para não me pagar. A amizade acabou e eu fiquei sem meu dinheiro.

Me sinto frustrado, me sinto enganado e me sinto sacaneado. Ele ganhou e eu perdi. Além do dinheiro, perdi muitos momentos sentindo raiva e bolando uma forma de me vingar. Ou seja, meus pensamentos voltam a todo momento para a situação. Realmente, é muito difícil perder!

O que mais me dá raiva é que ele não está nem aí. Ele tem outros amigos e eu não faço falta. E o pior, ele ainda fala mal de mim para todo mundo". J.A.

O que pensar da situação do texto? Um sujeito junta dinheiro e outro pede emprestado. Um empresta e o outro não paga. A amizade acaba. Sobra raiva e o desejo de vingança.

Gostaria de focar uma das mais importantes regras na vida: mais qualidades, mais ganhos e mais perdas.

Quanto mais qualidades você tiver, mais perdas você terá. Então, qual a vantagem de desenvolver qualidades? Os benefícios. Quando você desenvolve qualidades, os benefícios se multiplicam numa velocidade muito maior que os problemas.

Vou contar uma história: assisti várias vezes o médium Chico Xavier psicografar. A sala ficava lotada, a maioria das pessoas iam até lá com objetivos egoístas. Eram pais que perderam filhos e que desejavam receber uma mensagem, curisosos que queriam ver "algo especial", etc. A minoria era como eu: queria aprender e ser orientado (o que não deixa de ser uma escolha egoísta). Bom, todo mundo queria receber algo. Em determinado momento, o médium começava a ler as mensagens. Poucas pessoas recebiam mensagens de um ente querido desencarnado -eu mesmo, nunca recebi. Os pais chegavam com esperança no médium, e o que acontecia com eles quando tinham a sua esperança frustrada? Uma parcela aceitava, outra parcela passava da esperança à desilusão e à raiva. Eu observei várias vezes pessoas saindo de lá com mágoa no coração, porque não aconteceu o que elas queriam. Com certeza, ao final da noite, haviam várias pessoas destilando seus negativismos contra o Chico Xavier. Era por isto que a minha mãe sempre dizia que o médium necessitava de muitas orações, muito mais do que nós, pois a carga de energia negativa direcionada contra ele era muito grande. Ou seja, nós que tínhamos menos qualidades e fazíamos menos caridade, não tínhamos a emanação negativa de pessoas magoadas, irritadas, decepcionadas e raivosas, por NÃO terem sido atendidas em suas vontades e desejos.

Desenvolver qualidades nos coloca em movimento. Ou seja, na história inicial, o sujeito só pode emprestar dinheiro porque aprendeu a economizar. Se gastasse tudo, não teria dinheiro para emprestar. O dinheiro guardado significa um potencial de movimento futuro: poupo hoje para realizar amanhã. Quando fazemos faculdade, trocamos dinheiro por uma poupança de conhecimento. Depois de terminada a faculdade, usamos esta poupança para trabalhar e viver melhor.

Se toda qualidade gera potência de movimento, nem sempre o movimento é tranqüilo e sem desafios. Uma pessoa pode ter aprendido a poupar, mas pode não ter aprendido a investir, por exemplo. Sem saber investir a pessoa pode perder o dinheiro facilmente. Portanto, é imperioso que quem aprende a guardar, aprenda a investir. Se você não tem dinheiro, não tem risco de perdê-lo. Se você tem dinheiro, aumenta o risco de perdê-lo. Entendeu porque tem tanta gente que, ao ganhar muito dinheiro, transforma-se em grande egoísta? Medo de perder e orgulho.

Outra história: um conhecido sempre havia morado de aluguel. Nunca havia se preocupado com o risco de incêndio do apartamento onde morava. Então, com muito esforço, comprou sua casa própria. Tendo sua casa, o pensamento de perdê-la por causa de incêndio começou a importuná-lo. Ele fez seguro da casa, pois o risco passou a ser maior, justamente porque seus esforços deram certo.

Ao ter dinheiro, o sujeito tem que administrá-lo. Inclusive, com relação as pessoas que o rodeiam. Geralmente, quem precisa de dinheiro emprestado é justamente quem tem menos qualidades na área financeira. Quem gasta todo o dinheiro, quem não se esforçou CORRETAMENTE para ter um bom emprego, etc. Normalmente, emprestar dinheiro é um risco grande. Este é um dos motivos pelos quais  o banco cobra juros tão alto. Pense bem: se a pessoa não tem dinheiro, não tem o risco de emprestar dinheiro. Se ela tem dinheiro, tem mais risco. Ou seja, a qualidade de poupar, gera mais chance de levar o golpe de alguém. Pode chegar o dia em que a pessoa acostumada a ganhar, perde.

Portanto, as perdas são partes integrantes do desenvolvimento de qualidades.

Mais uma história: uma paciente tinha várias amigas. Através da terapia ela desenvolveu algumas habilidades que permitiram controle e satisfação alimentar. Ela treinou o autocontrole, aprendeu a redinamizar a mente e superou traumas. O resultado foi que ela emagreceu, passou a cultivar o bom humor e a boa vontade. Sua felicidade e beleza impactaram suas amigas. Algumas não agüentaram e se afastaram. Ela sofreu com o distanciamento. Seu círculo de amizade teve uma grande mudança. Ela ganhou e perdeu, ganhou mais do que perdeu.

A vida é feita de múltiplos desafios. Jamais acredite que por ter qualidades você merece não ter desafios. Não é esta a lei da vida.

A mente reativa, aquela que vive da reação, reage onde é instigada. Tem um sabonete que faz propaganda de que mata 99% dos germes. Sua propaganda é uma criancinha brincando com seu cachorro de estimação, enquanto os germes saem do cachorro e tomam conta da criança. A solução é... ser uma boa mãe e usar o sabonete. A intenção da propaganda é entrar na cabeça desta mãe e fazê-la acreditar que existe um perigo (perda) no afeto entre a filha e o cachorro. Então, a mente reativa foca na perda e pensa: quero o melhor para minha filha, vou comprar o tal sabonete. A mente reativa do sujeito que perdeu o dinheiro também foca a perda. Ele perdeu, ficou decepcionado e sua mente ficou focada neste problema. O foco na perda, no alívio, no negativismo e no orgulho compensador é o cotidiano da mente reativa.

Termine de ler o texto no link abaixo:

https://caminhonobre.com.br/2011/05/24/o-lugar-das-perdas-em-uma-vida-boa/ 

Regis Mesquita é psicólogo e terapeuta de vidas passadas em Campinas. (19) 3236-7511 

AGUARDE: em breve o lançamento do Livro NASCER VÁRIAS VEZES

Acompanhe o Blog do Livro:
https://nascervariasvezes.blogspot.com/  
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