O melhor está por vir
Atualizado dia 7/6/2014 11:59:59 PM em Psicologiapor Tania Paupitz
Tornar-se uma pessoa melhor requer coragem, determinação, persistência, pois o autoconhecimento não surge de um estado inconsciente. Ele surge da conquista diária de um novo estado de consciência, através do sincero desejo de nos tornarmos pessoas melhores, não para os outros mas, sobretudo, para nós mesmos. Também surge diante da busca de uma autoestima elevada, através de boas atitudes, do cultivo de bons hábitos e pensamentos, procurando ser melhor do que somos.
Se não me amo, como posso me tornar uma pessoa melhor? Investir em si mesmo é o caminho que nos levará ao processo de autotransformação.
Uma autocrítica revela nosso desejo interno na busca desta pessoa melhor, mais consciente de si, alguém capaz de usar a sua razão e sua lógica com objetivo de rever seus comportamentos, nem sempre coerentes com algumas atitudes intempestivas e impulsivas. Seguindo nossos impulsos, tornamo-nos pessoas autodestrutivas, ocasionando em nossas vidas um sem número de emoções, muitas vezes, deturpadas, descontroladas, antipatias gratuitas, pensamentos contraditórios.
Recordo-me de uma mudança bastante significativa que ocorreu em minha vida: sempre fui uma pessoa ansiosa e rigorosa no trânsito, especialmente, com relação a horários. Estava dirigindo-me a uma consulta médica e, pelo fato de estar um pouco atrasada, percebi que a irritação e a impaciência me dominavam. Por um breve momento, dei-me conta deste estado alterado, percebendo que quanto mais ansiosa e apressada ficava, mais e mais situações adversas surgiam diante de mim: o trânsito caótico, o motorista que dirigia sem a mínima pressa e não estava nem aí para minha impaciência, as sinaleiras que fechavam no exato momento em que ia passar e uma série de outras situações.
A partir de uma nova forma de pensar, com o tempo, fui me conscientizando da necessidade de mudar. Pensei comigo: “se há tantos motoristas calmos, centrados e em paz, porque eu não poderia ser também? Passei, desde então, a observar melhor minha postura com relação a esta deficiência, percebendo que minha mudança interna acabava promovendo também mudanças externas: o trânsito fluía com tranquilidade quando saía de casa, as sinaleiras abriam, uma vaga inesperada surgia e deixei de ser aquela pessoa ansiosa e angustiada no trânsito.
Confesso que de início, não foi uma tarefa fácil e, tampouco, conquistada da noite para o dia; o importante é que a cada dia, surpreendo-me comigo mesma. Cada vitória representa o esforço, o empenho e, sobretudo, a vontade de mudar aquele comportamento, que tanto me prejudicava.
O maior presente que a vida pode nos oferecer está no despertar de cada manhã, onde temos a oportunidade de aprender com as experiências que surgem através do nosso dia a dia. Aprender que podemos mudar nossa essência, modificando aquelas atitudes e comportamentos que não mais se adequam à nossa maneira de ser. A mudança interna provoca a mudança externa, envolvendo diretamente as pessoas com as quais convivemos.
Concluo com uma frase de Augusto Cury, do livro "O Vendedor de Sonhos”:
Muitos dançam sobre o solo, mas não na pista do autoconhecimento.
São deuses que não reconhecem seus limites.
Como poderão se achar se nunca se perderam?
Como serão humanos se não se aproximam de si?
Quem são vocês? Sim, digam-me, quem são?
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 75
Tânia Paupitz é Artista Plástica e Professora de Artes, há 37 anos, sendo sua marca registrada as cores fortes e vibrantes, influência dos estudos de vários artistas Impressionistas. Cursos de Pintura em Óleo sobre tela, para iniciantes, adultos, terceira idade. www.taniapaupitzartes.blogspot.com waths - 48 9997234 E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |