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O OUTRO LADO DA MOEDA

Atualizado dia 03/05/2012 20:35:56 em Psicologia
por Katia Leoni


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É interessante observar que frequentemente os terapeutas, orientadores estão sinalizando para as pessoas que buscam atendimento em serviços para tratamento de quadros ligados à emoção a necessidade de desapegar-se do passado. E repetem que quando nos mantemos fixados, enraizados no passado estamos alimentando as angústias, as dores, as amarguras, o sofrimento.

Em geral, as pessoas se fixam exatamente na dor, na perda, na angústia. Apenas em casos delirantes evidencia-se uma fixação na extrema alegria, com pensamentos de prosperidade e grandeza. A grande maioria das pessoas está presa, com os olhos encharcados e o coração sangrando, ao seu passado de dor.

E porque isso se dá? Porque essa necessidade do homem de remoer o sofrimento? Penso eu que a grande lição é realmente o desapego, é a necessidade da não cobrança, de olhar o outro da mesma forma que você se avaliaria. O Grande Terapeuta e Orientador nos disse: "... com a mesma medida que medirdes, também vós sereis medidos".

A nossa limitação é tão grande, o nosso olhar é de tal forma direcionado para o nosso umbigo que sempre entendemos que o outro está errado. É o filho rebelde, o esposo desatencioso, o amigo ausente, o funcionario negligente e por aí seguem inúmeras situações em que nos sentimos mal recompensados por todo o nosso empenho.

A vida é feita de relações e é justamente para organizarmos melhor as nossas relações que estamos estagiando aqui no nosso planetinha azul. Para o filho rebelde, a mãe dedicada. Mas será que a mãe dedicada não é também castradora, ditadora, ranzinza...?

Para o esposo desatencioso, a mulher que é cheia de atenção. E também de cobrança, fiscalização, invasão de espaço...

Para o amigo ausente, aquele outro grudento, dependente, que não dá folga nunca...

Para o funcionário negligente, o patrão super exigente, autoritário, ditador...

Dá pra perceber que sempre existe o outro lado da moeda e que às vezes o que nos incomoda é justamente a resposta ao nosso comportamento.

Por outro lado, se nós soubéssemos utilizar melhor a nossa capacidade de expressar as nossas emoções e sentimentos e conversar com as pessoas sobre o que está nos incomodando, as nossas relações seriam mais sinceras e verdadeiras. Mas, nós temos vergonha de falar sobre o que nos incomoda porque temos orgulho, amor próprio, não vamos dar o braço a torcer, nem "pagar esse mico". E aí, a nossa mente vai se deixando fertilizar por pensamentos negativos que se superpõem uns aos outros, criando um amontoado de idéias ruins e então, de repente, aquela pessoa que fazia parte do nosso círculo de relações virou um "monstro".

Isso vale também para os acontecimentos do passado. Assim como temos que olhar as pessoas de frente e discutir as relações, também temos que ir lá na nossa história, verificar os acontecimentos que ainda doem, olhar na cara deles e conversar.

Tentar entender o que favoreceu para que eles acontecessem, quais as pessoas que estavam envolvidas, em que circunstancia. Se houver condição de entender, ótimo. O episódio doloroso estará justificado, a situação estará esclarecida e as relações se manterão equilibradas.

Sempre existirá também a possibilidade de se examinar a situação e não chegar a nenhum entendimento. Achar que as pessoas realmente tripudiaram de nós e que queriam verdadeiramente nos prejudicar. E agora?

Nesse caso, prefiro acreditar que essas pessoas estão em um nível de sintonia muito diferente do meu e que se sentem satisfeitas em espalhar sofrimento. Eu prefiro jogar no outro time e espalhar paz, alegria, carinho, respeito. 

Sinceramente, não vou sofrer por elas. Até porque a nossa missão não é sofrer. Nós viemos aqui em busca da felicidade, da FELICIDADE PLENA!

Se você tiver dificuldade de fazer essa trajetória e precisar de alguém pra caminhar com você, pode nos procurar. Sentiremos muito prazer clarear a sua estrada e observar, amparando, o seu trajeto.


 Plenitude Centro de Saúde Integral

 Rua do Cabeça, Ed. Marquês de Abrantes, sala 905

 Dois de Julho- Salvador- Bahia - Fone:(71)3321-2995 

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