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O Papel dos sonhos para JUNG

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Autor Daniel Souza

Assunto Psicologia
Atualizado em 19/02/2013 15:23:42



Foi pela via do sonho que se deu o grande encontro e desencontro entre Jung e Freud. A TEORIA E A IMPORTANCIA DOS SONHOS encontrou eco nas pesquisas de Jung e o fascinava. Foi também através de um sonho seu em 1909 voltando da viagem que fizera com Freud aos EUA para a comemoração dos vinte anos da Universidade Clark que Jung teve o sonho da casa de três pavimentos. Como se sabe, Jung apresentou o sonho a Freud e este o interpretou redutivamente , deixando-o insatisfeito.

As ideias de Carl Jung sobre os sonhos ainda prosperam em nosso meio. Aplicações populares de suas pesquisas incluem o Teste de Tipos Psicológicos de Myers-Briggs - MBTI, o polígrafo (detector de mentiras) e os 12 passos dos programas de recuperação de adictos.

Para Jung os sonhos são natureza, que não contém a menor intenção enganosa e diz o que tem a dizer da melhor maneira possível - como uma planta que cresce ou um animal que busca alimento. (Humbert apud JUNG, 1985, pág. 26)

A ideia básica por trás da teoria de Jung é que os sonhos revelam muito mais do que ocultam. Jung propõe que, se o sonho é um produto psíquico como outro qualquer, então não tem porque supormos que sua natureza e finalidade são diferentes dos outros conteúdos da psique. A partir disto, infere que devemos tratar os sonhos analiticamente "como qualquer outro produto psíquico" (1928). Eles são uma expressão natural de nossa imaginação e usam uma linguagem o mais direta possível para nos mostrar nossa realidade interna. Isto se opõe à teoria Freudiana de Interpretação dos sonhos, que nos falava que eles tinham um propósito codificado para não os entendermos. E por mais surpreendente que seja, Jung não acreditava que os sonhos precisavam ser interpretados para atuarem em seus propósitos. Em vez disso, ele sugeriu que são os sonhos que fazem o trabalho de integração entre a consciência e o inconsciente; o que ele chamou de processo de Individuação. É mais fácil pensar na individuação como a jornada da mente em direção à inteireza, ou aquela qualidade de sabedoria que separa os mais velhos da maioria das pessoas. Trabalhar os sonhos e ampliar seus componentes míticos pode, com certeza, apressar o processo interpretativo.Se não nos preocuparmos com o que o sonho tenta nos dizer, o máximo que conseguiremos é chegar a algo muito complexo e para tanto, nem mesmo de um sonho iremos precisar. O trabalho com os sonhos, assim como com qualquer outro material proveniente da psique humana, exige mais sensibilidade do que regras. Isso não quer dizer que não haja técnicas, mas enquadrá-las em um passo a passo ou numa cartilha infalível pode ser o início de uma análise mal sucedida. Se, como diz Roland Barthes, "o mito é uma linguagem" (1968), então não podemos "aceitar a mistificação que transforma a cultura pequeno-burguesa em natureza universal". Sendo assim, o mito pessoal de cada um pode passar pela novela das oito, pelo BBB e também pelos livros de mitologia clássica. Todas essas narrativas irão contar com as estruturas universais atuando em seus domínios, no entanto, as imagens que a elas servirão, dirão mais respeito a uma cultura ou à outra. Caso assim não possamos considerar, cairemos no erro de transformar símbolos em signos dando a estes, significados estáticos e não mutáveis.

De acordo com Jung, o psicoterapeuta é um tipo de xamã moderno ou um clero que nos ajuda a criar uma mitologia pessoal que funcione, jogando fora todos os padrões não adaptados e estabelecendo outros mais saudáveis no lugar deles

Os sonhos e o trabalho com as imagens compõem na obra de Jung e de seus seguidores, papel primordial, no processo terapêutico.

 

Referências bibliográficas:

Barthes, Roland (1968). Mitologias. Rio de Janeiro: Difel [2003].

Hark, Helmut (1988). Léxico dos conceitos junguianos fundamentais. São Paulo: Loyola [2000].

Humbert, Elie G. (1983). Jung. São Paulo: Summus [1985].

Jung, C. G. (1961). Memória, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro: Nova Fronteira [22ª Ed. 2003].

 

 

Autora: Ana Rosa Setti - link

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Mago Iniciador, terapeuta e consultor em técnicas de curas naturais e energéticas para pessoas e lugares. Atua e ministra cursos nas áreas: Regressão Magia Divina Bioenergia Apometria T.V.P Espiritualidade Oráculo das Pedras Radiestesia, Psiônica Feng Shui Agende sua consulta, entre em contato.
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