O Sagrado Masculino
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Autor Paulo Rubens Nascimento Sousa
Assunto PsicologiaAtualizado em 8/9/2017 9:34:32 PM
O sagrado nos eleva de nossa efemeridade, e nos circunscreve em nosso espaço dentro do imagum tremendum. Como refletir, ao longo de nossa jornada evolutiva, a situação do homem de nosso tempo? – O que é Ser Homem nos dias de hoje? – O que nos eleva, e o que nos destrói? – Qual a função do sagrado em nossas vidas? - são questões que devemos fazer para nossa continuidade como espécie no planeta Terra. Vivemos tempos de alta complexidade, onde o saldo do processo civilizatório coloca o homem equidistante de sua realidade civilizatória e instintual. Falamos em crise, mas a comida chega a nossa mesa, sem que precisemos pescar, caçar, plantar, não sabe de fato o real trabalho que envolve tudo isto. Foram quebrados todos os nossos ritos organizadores; e isto gera uma tremenda confusão, e o homem não entende seu papel na realidade de seu tempo, não tem o domínio de suas habilidades, de sua sobrevivência, ele delegou tudo isto à efemeridade. Parece-me que este é um tema obscurecido, marginalizado. O homem ocupa um papel de persona non grata em nosso tempo. Há uma ojeriza no ar, quando o assunto é o Homem. Esta é a ferida de nosso tempo, o Homem. Este é um assunto negligenciado nas estatísticas, no sistema de saúde, pela lei e nas representações sociais de nossos dias. Há uma neurolinguistica, um senso comum, “Homem não Presta”, “Homem não tem sentimento”, “homem é só provedor” - numa discrepância com o homem de nosso tempo, que é totalmente o contrário disto. Parece mesmo que vivemos uma verdadeira confusão, uma esquizofrenia coletiva. Por um lado o novo homem, mais pueril, cordato, amainado, desorientado, por outro uma demonização do masculino. Fomos feitos do “Caldeirão dos Mitos”, somos “filhos dos mitos”, dos arquétipos; de vários modelos que vão compondo nossas histórias e formas. Assim viemos do Panteão dos deuses, como figuras, complexos e padrões humanos, e destas formas podemos dizer, que vestimos vários arquétipos que modelam o mundo masculino (o animus), compondo nossa identidade. Desta feita podemos compreender que a humanidade é vestida por vários padrões e arquétipos, e que nem todos são iguais. Somos múltiplos, podemos encontrar muitas formas de manifestações de padrões humanos como nos míticos e nos contos de fada; como os que vemos na Bíblia. O homem bom, o homem mau, o bobo, o pajem, o príncipe, o cavaleiro, o grão vizir, o bonachão, o Rei. Às vezes podemos viver papéis marginais; um bobo, um pajem, o galanteador, cortês, como o príncipe; o beberrão, sempre metido em confusão, vil como o homem rude e vulgar. O homem de nosso tempo passa por uma crise, e busca seu lugar e uma cara em tempos de tanta transformação e exigência. Este torvelinho provoca todo um desarranjo ecológico e psicossocial; aumentando os transtornos afetivos como a depressão, a ansiedade, o alcoolismo, o abuso de drogas, de velocidade, de doenças sexualmente transmissíveis, suicídios, homicídios, violência domestica, toda uma problemática e infortúnio para as novas gerações. O homem está fraco, ferido, precisa retomar seu significado, seu poder, sua relevância. Muito vejo de trabalhos pela saúde da mulher, do feminino sagrado, mas pouco se veem trabalhos que ajudem o homem a lidar com as dificuldades de seu tempo, suas dores, suas angústias. Precisamos orquestrar os mitos masculinos e buscarmos uma cura, um processo que eleve a consciência masculina a um sentido de autopreservação, significado e direção. Perdemos o contato com o ritual, com os elementos que nos dão significados como entes masculinos, com nossa essência e nos ajude a transcender nossa efemeridade e pequenez frente aos grandes desafios da vida, da natureza. Este é um convite à cura de seu ferimento, de suas dores, uma proposta de recolhimento interior, onde você possa encontrar seu potencial, seu poder criador e poder se reorganizar no mundo, para uma nova história. Nas antigas civilizações primitivas havia rituais para as grandes mudanças que ocorriam em suas vidas, ritos de transição, ritos de passagem; que os levavam de uma fase da vida a outra, da infância e adolescência, à fase adulta. Estes eram grandes rituais de sacrifício e superação. Assim elevavam-se a outro nível de consciência e status social, como detentores do poder daquele conhecimento da vida. Este homo sacratum que ao longo das iniciações e aprendizados da vida se transforma e empodera-se, ele é o detentor do conhecimento, das tecnologias, da força. Ele maneja o potencial da natureza em seu favor e assim organiza as forças da vida em detrimento da família, do clã, da comunidade. Este é um homem feliz, completo. Ele encontrou seu caminho e ciclo natural. Esta conexão com seus domínios interiores, seu centro norteador; é seu centro de força e orientação, e assim ele pode se guiar pelo céu e constelações de seus valores e encontrar o verdadeiro sentido de estar vivo. Este caminho é um encontro com o sacrifício dos prazeres e facilidades, é uma jornada de autodomínio e valoração. Você pode despertar o seu guia interior e se dirigir para o seu centro do SAGRADO MASCULINO, onde Deus habita e opera em você. Pode ser que assim surja alguém na sua vida com tal poder arquétipo de orientação, de empoderamento, que lhe indique o caminho e lhe lance a sua Jornada. Esta pessoa pode surgir na figura de um terapeuta, um sacerdote, um guia, alguém que lhe sinalize o caminho. Alguém que o cure de um ferimento, do alcoolismo, das drogas, das dívidas, alguém que resgate sua dignidade e o dê motivos a se lançar a uma nova jornada. Estabeleça um divisor entre sua vida profana, de vícios e sofrimentos e sua vida sagrada, de restauração e felicidade. Encontre um propósito que o mantenha ocupado e na direção. Você encontrou agora a força, a honra, o poder e a satisfação interior. Mantenha-se firme no seu propósito de homem de bem cultivando os bons valores e a liberdade de coração.
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PSICOTERAPEUTA JUNGUIANO, ATUA COM HOMEOPATIA, TERAPIA FLORAL E FITOTERAPIA. PROFESSIONAL E SELF COACHING E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |