OBSESSÃO E DOENÇA MENTAL
Autor João Carvalho Neto
Assunto PsicologiaAtualizado em 7/27/2008 8:48:13 PM
Um fato decorrente das experiências com Terapia de Vidas Passadas é o da imortalidade da alma, evidenciada nas lembranças das vidas anteriores de pacientes que foram comprovadas em pesquisas históricas de campo.
Com isso, a TVP tornou-se mais um ramo da ciência a trazer evidências quase comprovatórias - pela intensidade dos fatos – de que a vida continua após a morte do corpo físico, através de corpos sutis energéticos que as religiões têm chamado de alma ou espírito.
Outra conclusão decorrente deste fato é que, permanecendo viva após a morte, a individualidade – alma ou espírito – terá uma realidade de vida própria, podendo até mesmo continuar a interagir com aqueles vinculados aos corpos biológicos. Tal situação vai aparecer dentro das culturas religiosas ditas espiritualistas, dentro de toda uma nomenclatura específica de cada credo, como também em TVP com o nome de presenças.
As presenças são estes espíritos que continuam interagindo com os que ainda estão “encarnados”, e que podem aparecer em sessões de regressão, até conversando com os pacientes por estarem a eles ligados. O eminente psiquiatra americano Brian Weiss, em seu best-seller “Muitas vidas muitos mestres”, que difundiu as práticas de TVP, entrou em contato com estas individualidades “desencarnadas” superiores em evolução, chamando-as de mestres. Elieser Mendes, médico e autor de excelentes trabalhos sobre o assunto, entre eles o livro “Psicotranse”, vai denominá-las de personalidades intrusas.
Fizemos esta pequena introdução de motivos para afirmar que os espíritos têm influência em nossos pensamentos, interferindo em nossa vontade e em nosso comportamento, e isso não é mais uma questão de crendice religiosa mas uma constatação científica.
Muitas pessoas, quando acometidas de doenças inexplicáveis do ponto de vista médico, na maioria das vezes com antecedentes emocionais, têm procurado as instituições religiosas que desenvolvem práticas espiritualistas no anseio de se libertarem dos possíveis obsessores, aquelas individualidades que permanecem na realidade pós morte com tendências prejudiciais aos seus semelhantes, por vínculos diretos, como vinganças, ou indiretos associando-se a eles por afinidades de interesses.
Dessa forma, pensam estas pessoas que, afastando o possível criador do mal, estarão curando-se da doença que as aflige. Isso tem um aspecto de verdade, mas apenas pelo fato de que aquelas individualidades obsessivas potencializam sintomas que já se encontravam disponíveis no psiquismo do paciente, sem serem elas mesmas as causadoras.
É óbvio pensarmos que, se existem espíritos capazes de prejudicar as pessoas encarnadas, por que fazem a uns e não a outros? Por que conseguem êxito em suas intenções com determinadas pessoas e com outras não?
E respondo afirmando que não são eles os causadores da patologia que se instala, psíquica ou psicossomática, mas apenas se aproveitam de predisposições mórbidas já existentes em pessoas que já se tornaram enfermas e predisponentes a este assédio nefasto. Mas complemento também esclarecendo que eles possuem um poder de deflagrar ou potencializar os sintomas, precisando serem também cuidados através de estratégias específicas.
A questão toda se fundamenta em dois fatos: a imortalidade da alma – que já analisamos – e o fenômeno telepático, um processo da paranormalidade humana hoje já aceito pela medicina acadêmica. Na verdade, são três os fenômenos paranormais aceitos como verídicos pela ciência médica: a telepatia, a telecinesia e a clarividência.
Através da compreensão da telepatia sabemos que duas mentes podem se comunicar, trocando pensamentos e influenciando-se reciprocamente, mas sendo necessário que a mente receptora esteja disponível, por afinidade de ondas mentais, àquela que lhe impõe um pensamento estranho. Ora, se a mente é atributo da individualidade, tanto encarnada quanto desencarnada, então aquelas que se encontram como espíritos também podem exercer ação mental sobre as outras que permanecem atreladas ao corpo físico. A este fenômeno as religiões espiritualistas chamam de obsessão.
A disponibilidade da mente receptora será sempre fruto de uma disfunção psíquica, muitas vezes por culpa de atos cometidos ou por viciação de hábitos, estabelecendo um estado de aceitação da invasão de sua vida mental. Logo, curar um processo patológico que envolva possíveis assédios obsessivos passará sempre pelo tratamento da disfunção psíquica e nunca apenas pelo afastamento do interventor.
Sei que posso estar parecendo um pouco místico para aqueles menos afeiçoados às ciências espirituais, como a Terapia de Vidas Passadas ou à Doutrina Espírita, mas afirmo que todos os interessados em estudar tais fenômenos sem preconceitos, através de fundamentação científica específica, estarão encontrando motivos suficientes para acreditarem nessa realidade.
E, como conseqüência, os profissionais da área psicológica e médica que tiverem um olhar mais sensível a estes aspectos da natureza humana, terão maiores possibilidades de sucesso em seus empreendimentos psicoterapêuticos, aliviando seus pacientes de enfermidades ditas como inexplicáveis ou incuráveis.
João Carvalho Neto é Psicanalista e autor dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal” – link
Avaliação: 5 | Votos: 9
Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Astrólogo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal" E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |
