OS HORMONIOS DO AMOR
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Autor ANTONIO JOSE SITRÂNGULO
Assunto PsicologiaAtualizado em 30/03/2010 09:43:02
AMOR - sentimento que inspira poetas, músicos, artistas, nunca foi aceito com naturalidade.
Ao contrário, ele é identificado com sofrimento. Mas o que aconteceria se o hormônio do amor fosse usado para curar?
Assim como existem os hormônios característicos da raiva, inveja e medo, certamente existem os hormônios do amor, que são secretados quando o individuo está sentindo amor.
Freud estaria certo, se não tivesse confundido a repressão do amor com a sexual, ao diagnosticar a causa das neuroses.
É muito frequente procurarmos um relacionamento libidinoso justamente para fugirmos do que mais tememos: AMOR.
A humanidade tem pavor do amor. Identifica amor com sofrimento. Sabe que ele é mais forte e mais poderoso do que o ser humano e, pela inversão que faz, imagina que será tragado e destruído pelos seus sentimentos.
Assim faz uma repressão, não de carícias físicas, mas do sentimento do amor.
Esse medo já é perceptível nas crianças, especialmente nas mais doentes ( ou mais desajustadas), que temem gostar de aceitar com liberdade as pessoas que mais admiram.
Assim, vemos desde criança, o amor como um erro, perigo ou sinal de fraqueza, e isso se refere tanto ao amor fraternal ( universal) como o pessoal ( homem-mulher) e, principalmente, no amor a Deus, que é o mesmo sentimento em qualidade, mas em muito maior quantidade.
Certa vez, uma cliente me perguntou: " Por que, quando alguém está apaixonado, ao ver a pessoa amada, começa a sentir toda a sintomatologia característica de situação de alarme: o coração dispara, as pernas tremem, as mãos suam, a barriga começa a doer, ter vertigens, e até desmaios?"
Isso comprova o pavor do amor, a idéia do perigo eminente, quando somos tomados por algo que é infinitamente maior, mais poderoso do que nós e que nos escapa a qualquer controle.
NÃO REPRIMIR
O que acontece no processo da psicanálise é que o paciente deixa de reprimir o afeto e passa a evitar a raiva, o medo e as fantasias.
Assim, certamente ocorre no organismo uma "conversão" na secreção hormonal: os hormônios do amor são produzidos em maior quantidade e os hormônios da psicopatologia em menor quantidade ( adrenalina, acetiliolina e noradrenalina ).
Acredito que a causa de certas crianças não se desenvolveram normalmente, principalmente as magras e baixas ( raquíticas) e doentes, é a repressão ao amor, com o consequente incentivo à inveja, competição e medo do insucesso.
Mas, notem bem os pais e educadores: não se trata de falta de amor do ambiente, mas a rejeição que a criança faz em sentir amor.
Haja vista tantas crianças que são cercadas de tanto amor e mimo e se tornam tão doentes e desequilibradas.
Suely Keppe, psicanalista infantil, percebeu que as crianças que tinham mais raiva eram as mais baixas e mais magras.
E qualquer um observa que os individuos mais afetivos têm a pele melhor, conservam-se sem rugas, com a carne mais rija e formas mais harmoniosas.
Espero que, em pouco tempo, a Ciência tenha condições de identificar que os hormônios são produzidos pelo nosso corpo quando amamos com total liberdade e sem medo, o que, certamente, têm alto poder curativo e de desenvolvimento harmonioso.
FONTE: jornal trilogia de 15/08/1988-Psicanalise Integral - Autor: Claudia Bernhardt Pacheco, psicanalista integral
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