Páscoa, época de renovação
Autor Carolina Luz de Souza
Assunto PsicologiaAtualizado em 4/10/2009 2:45:14 AM
Os cristãos acreditam que, após ser crucificado, Jesus ressuscitou no dia de Páscoa e subiu aos céus para sentar ao lado de seu Pai e olhar por nós. Podemos pensar essa parábola de forma simbólica, de modo que possamos aplicá-la em nossa vida. Por muitas vezes, passamos por momentos de turbulência, em que a vida parece estar parada ou andar ao contrário. Episódios como este trazem grande angústia e aflição, pois são percebidos como momentos de estagnação, nos quais nada parece acontecer. Mais do que isso, eles parecem durar infinitamente, como se estivéssemos tentando plantar numa terra estéril onde nada pode crescer. Apesar de ser essa a impressão que nos causa, momentos assim podem ser muito profíquos. Eles podem conter as sementes de uma evolução para uma nova fase de existência. Toda vida precisa de uma fase de encubação, na qual, embora com aparente inércia, verdadeiras revoluções estão acontecendo nas profundezas. É a vida gestando um conteúdo que está prestes a adentrar a consciência. Quando nada parece acontecer, é porque algo grande está prestes a mudar. Em nossa impaciência, muitas vezes não damos a esse processo o devido respeito e queremos apressar os acontecimentos. Mas a vida é sábia e sabe o tempo que a semente deve permanecer sob a terra para germinar e transforma-se numa linda árvore. Momentos de sofrimento também contém um germe de possibilidades. Voltemos a Jesus. Após o calvário e a crucificação, sofrimentos que não podemos nem imaginar, o homem ressuscitou tornado-se divino e assumindo seu lugar verdadeiro ao lado de Deus. Também nós, ao término de um longo período de marasmo ou de provações podemos encontrar nossa essência divina, nosso verdadeiro eu. Aquela centelha de luz que nos aproxima do Criador. Na época da Páscoa, devemos lembrar desta lição e procurar refletir sobre os aspectos de nossa vida que já não cabem mais e precisam ser renovados. Pedimos a benção dos poderes maiores do que nós para que , assim como Jesus, possamos crucificar aqueles aspectos de nós mesmos que já não servem e renascer de uma forma mais inteira e realizada.
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