PENSATA SOBRE A MORTE
Autor Cítara Saúde
Assunto PsicologiaAtualizado em 7/21/2008 9:19:19 AM
Morte.
Morte do seu cachorro; morte do seu pai; morte da sua mãe; morte da
sua mulher; morte do seu marido; morte do seu filho; sua morte.
Infalível, inevitável, irreversível, obrigatória. Fim.
A natureza mostrando sua força cíclica acima das vontades do homem.
Ignorar a realidade absoluta da morte, ou projetá-la para um
confortável momento bem distante do agora pode ser um perigoso jogo de
relação onde você é o perdedor.
A morte é um companheiro que anda conosco de mãos dadas e num dia
qualquer, igual ao de hoje, ela te leva ao passeio que lhe cabe.
Uma boa relação com esta finitude é extremamente importante para uma
existência saudável. Não desejar a morte, mas saber de sua permanente
presença no dia a dia. Quando se afasta a morte para longe, se
possibilita o adiamento de atitudes que sabemos internamente serem de extrema importância.
A mecanização do comportamento humano é uma das formas de não se
pensar na morte. Quantas vezes você não se perguntou o que faria se
soubesse que vai morrer em uma semana? A questão é: A morte não manda
recado! Sua semana já pode estar contando.
Trágico? Não. Real.
A beleza da experiência psico-física da vida está no fato desta ser finita.
Os momentos só são importantes porque são momentos. Olhe ao seu redor.
Tome sempre as melhores decisões em relação aos seus valores. Curta a
viagem em cada detalhe. Não deixe que projeções futuras bloqueiem seu
viver. O prazer tem que estar presente no processo e não nas metas.
Grande abraço a todos.
Leonardo
*Leonardo Verri Paulino: Atualmente é Psicoterapeuta integrante da Equipe do espaço Cítara Saúde, onde atua com base na Psicologia Analítica e Psicossomática, é Professor colaborador da Faculdade de Medicina do ABC nos setores de Patologia Externa e Catarata, médico oftalmologista do Instituto de Olhos Dr. Eduardo Paulino, além de cursar Pós graduação em Tanatologia na USP.
Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina, Pós graduação na Escola Paulista de Medicina e em Psicologia Junguiana pelo IBEHE.
“O importante no processo terapêutico é a presença emocional e racional de dois indivíduos envolvidos na busca do crescimento pessoal e espiritual.” Segundo Jung “a terapia é como entrar na floresta para encontrar o caminho da saída.”
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