Procesos terapeuticos
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Autor Adriana Garibaldi
Assunto PsicologiaAtualizado em 8/11/2014 1:41:39 PM
Tem dias em que a gente acorda de mal com a vida , brigando com Deus e com o mundo e somente somos capazes de atrair aqueles que também estão no seus respectivos momentos de guerra.
Já de cara implicamos com o calor, ou com o frio, com o cachorro que inventou de fazer xixi justamente onde não podia, ate com a pasta de dente que emperrou na ponta do tubo.... e ai vai.
O carro teimou em não pegar na sexta feira... será que esqueci de abastecer?
Fui andando ate o posto comprar combustível. Mas antes precisei passar no banco para pagar uma conta, que como tinha vencido no dia anterior, não consegui pagar. Passei no mercado para comprar alguns itens de limpeza chegando no caixa ao mesmo tempo que um grupo de pessoas.
Quem tinha chegado primeiro? Eu ou eles?.
Fiquei parada no lugar, eu carregava somente dois itens e afinal tinha chegado um segundo antes que os outros.
A fila andou e tentei me acomodar para passar. Ai ouvi alguém desaforado, que recém tinha chagado , gritar:
Você esta furando a fila!!! Alem de outros tantos impropérios desnecessários.
Um bate boca danado para resolver quem tinha chegado antes, e acabei largando os produtos no carrinho deixando-o atravancando no meio do corredor, somente para não me aborrecer ainda mais.
Só por Deus!!!Deveria ter ficado na cama.
Não adianta, pensei, os males sempre vêm acompanhados por um séquito de acompanhantes indesejados, que parecem teimar em nos atormentar.
Mas, infelizmente ou felizmente, acabamos compreendendo que atraímos aquilo que vibramos, porque basta una única contrariedade para carregarmos as nossas armas e ficar na posição de defesa, guerreando com a vida e com tudo que aparece a nossa frente, seja com o cachorro que somente queria chamar a nossa atenção ou, com o tubo de pasta de dente.
A gente percebe, nessa hora que nem sequer somos capazes de olhar para nos, de ver a nos mesmos com bondade, ou com benevolência, menos ainda olharmos para os outros.
Implicamos com tudo e todos, até com nosso psicólogo, porque afinal é o responsável por nos fazer olhar para partes de nos que precisam ser olhadas, mas não queremos, porque isso nos doe. Coitado do profissional! Somente está querendo fazer seu trabalho.
Pareceria que ele não está fazendo nada, quando com voz mansa e alguns toques bem dados derruba nossas defensas e coloca o dedo nas nossas feridas mais sofridas e o pior é que sentimos que ele somente nos empurrou para dentro do processo, sendo nós mesmos que acabamos pondo, não somente o dedo, mais a mão toda e, se bobear, até o braço. Ai ficamos com raiva, até da carinha inocente com que nos olha, nos descabelando por termo-nos despido na frente do outro, sem percebermos onde iniciamos esse lance de tirarmos as mascaras que tinham a capacidade de nos esconder de nos mesmos.
Tem profissionais realmente hábeis, naturalmente intuitivos, que nos provocam um sem-número de emoções desconhecidas, complicadas de lidar, nos obrigando a ir ao fundo dos princípios, em busca da ponta do fio emaranhado do novelo de nossas vidas, de nossos processos inconscientes onde ficamos nos aprisionando, nos limitando.
O pior é que ele esta certo, porque chega a hora de iniciarmos o caminho de desemaranhar-nos, de limpar a louça suja que deixamos empilhada em cima na pia e jogarmos os restos acumulados no lixo.
Mas isso doe. E como doe!!
Ai brigamos, até para obrigá-lo a nos expulsar do consultório e não querer nos atender nunca mais, ao mesmo tempo em que ficamos com medo que ele faça isso, porque, afinal, percebemos o quanto está dando certo.
Um processo demorado que vale a pena... como ele disse.
Mas a gente às vezes não quer esperar, queremos acelerar as coisas, para liberar-nos do sofrimento o mais rápido possível, porque se assemelha não a uma cirurgia onde somos postos para dormir enquanto o médico faz a sua parte, mas a uma ação lenta, sem anestesia, onde tiramos um a um os espinhos cravados que foram colocados em nós, ou melhor dizendo, que nos mesmos colocamos por anos a fio, ou por décadas.
E isso machuca!!
Em certos momentos pensamos em desistir, imaginamos que a coisa está sendo demais para nós, contudo, vemos que já percorremos um longo caminho dentro dessa historia e, se largarmos agora, seria como assinar uma confissão de incapacidade, de fraqueza, e não desejamos nos sentir derrotados, vencidos de novo, dando a batalha ganha para nossos inimigos internos.
No entanto ficamos irritados, e como em matéria de energia, energias iguais se atraem, atraímos toda sorte de problemas, a maioria pequenos e insignificantes mas que em conjunto viram uma montanha de contrariedade com as quais não sabemos lidar.
Cogitamos a possibilidade de atravessar a vida como se ela fosse um mar de rosas, sem perceber que isso não é possível, que justamente dessabores e dores são fundamentais e promovem nosso crescimento.
Dizem que quando o discípulo está preparado o mestre aparece. Às vezes o idealizamos à nossa frente vestindo uma túnica branca, uma barba espessa e um pesado cajado. Quase no estilo... Moisés, capaz de abrir o mar para que possamos atravessá-lo até a outra margem.
Mas não... o nosso mestre pode vir na figura de um psicólogo, de um amigo, de alguém que cruza o nosso caminho e anda junto alguns poucos passos, nos dizendo a palavra exata, a frase pertinente na hora apropriada.
Sem dúvida, todos somos discípulos e mestres uns dos outros e na escola do mundo, uma hora a gente encarna um ou outro personagem conforme o momento. Levando a vida ou nos deixando conduzir por ela até que nosso porão de memórias e dores seja limpo de vez.
O importante é não continuar a arrastar a sujeira para baixo do tapete, mas seguirmos com fé, aceitando os processos terapêuticos de crescimento, ora na dor, ora na alegria de encontrar a nos mesmos...
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Texto revisado
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