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Quero, mas reluto em crescer!

Atualizado dia 8/19/2017 8:53:41 AM em Psicologia
por Paulo Salvio Antolini


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Quantos relacionamentos desestruturados e mesmo interrompidos porque um dos lados, quando não os dois, embora adultos, comportam-se como crianças. Vejo pessoas com mais de cinquenta anos agindo assim.
Ela, por volta de trinta e cinco anos, excelente profissional e grande habilidade em lidar com pessoas, exigência inclusive para o sucesso de sua carreira, ficou casada por quase seis anos, está separada já há um ano. Alega incompatibilidade de gênios, motivo sempre apresentado quando a barreira se instalou na comunicação entre o casal.
Ao conviver por algum tempo mais próximo dela, é possível perceber sua dificuldade em lidar com assuntos mais sérios e que, principalmente, não são de seu agrado. Imediatamente fica amuada. Eis o significado de amuar, segundo o Michaelis: “Desgostar-se por pequena contrariedade ou ofensa e obstinar-se em não mais tomar parte na conversação, brincadeira, etc, em que estava entretido (a)”.

Do riso e descontração, rapidamente ela passava ao fechamento e isolamento, recolhendo-se a seu quarto e ficando lá por longo tempo. Quando saía, mostrava certo sentimento de culpa pela forma como se comportou. Isso ocorria de duas a quatro vezes por dia. Realmente fica impossível um relacionamento sério perdurar.
O mais interessante que ela é uma pessoa ótima; quando não se melindra, é alegre e brincalhona, contribuindo para um ambiente harmonioso e gostoso de estar.

Quantas pessoas que conhecemos e que agem assim? Várias. Muitos já as classificam como bipolar, pela instabilidade e oscilação de humor. Mente crescida, coração infantil. Emoções infantilizadas regendo suas ações. Pessoas que convivem com quem se comporta assim costumam dizer: “Não ligue, logo ele (a) volta a te escutar”.

É a criancinha se sentindo rejeitada pelo que considera uma crítica à sua pessoa, se amua e após curtir sua autopiedade, volta a se ver como adulta e, então, sente-se culpada pela reação que teve. Depois de algum tempo está normal novamente. E isso se repete dia após dia. É um ciclo que a pessoa tem dificuldade de, primeiro, identificar seu próprio comportamento e, segundo, interrompê-lo.
Todos temos em nós características de infância, período onde as descontrações e levezas nos permitem brincar, querer e deixar de querer logo em seguida, enfim, nos manifestarmos sem restrições formalísticas do mundo adulto. É necessário apenas acertar a adequação do comportamento às situações vividas.
O sofrimento dessas pessoas é muito grande, além de carregarem um sentimento de inadequação ainda maior, acoplado às culpas e punições. Ansiedades a todo o momento por não saber exatamente quando agirão assim novamente.
Observar como as pessoas que convivem com você a tratam é importante para identificar quais estão sendo seus comportamentos em cada situação que se apresenta. Normalmente essas pessoas que se mantém infantilizadas são muito capazes e responsáveis em alguma área de suas vidas. Notadamente as profissionais.

“Quero e reluto em crescer” reflete a necessidade de ser aceita, acolhida e amada. O medo da rejeição e de ficar só. Normalmente não se aceitam como são. Criticam-se em demasia e ao mesmo tempo se sentem ofendidas por se acharem discriminadas, quando, na verdade, elas próprias se discriminam.

 Texto Revisado

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