RECONCILIAR-SE COM SEUS ADVERSÁRIOS, NOSSOS FILHOS PROVAVELMENTE...
Autor Euckaris Guimaraes Mendes
Assunto PsicologiaAtualizado em 3/22/2009 12:08:32 PM
Reconciliai-vos o mais cedo possível com vosso adversário, enquanto estiverdes com ele a caminho, para que não suceda que o vosso adversário vos entregue ao juiz e que o juiz vos leve ao ministro da justiça, e que sejais mandado para a prisão. Eu vos digo, em verdade que não saireis de lá enquanto não houverdes pago até o último ceitil. ( Mateus, 5:25 e 26 )
A única forma de livrarmo-nos dos inimigos é através do perdão das ofensas. A morte não nos livra dos nossos inimigos e não nos separa deles. Os Espíritos vingativos, movidos por seu ódio, perseguem aqueles contra os quais conservaram seu rancor.
Quando ainda estamos presos ao corpo, ficamos mais vulneráveis aos seus ataques. Muitos não ficam satisfeitos em atacar e perturbar somente ao que lhe causou algum dano, atacando também àqueles que lhe são mais afeiçoados. O obsediado e o possesso são quase sempre vítimas de uma vingança, à qual eles deram motivo por sua conduta e cuja ação se acha numa vida anterior e podem ter faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando.
Para a nossa tranqüilidade futura, é necessário, afirma Kardec em “O Evangelho Segundo oEspiritismo” cap.10, corrigirmos o mais rápido possível os nossos erros contra o próximo, perdoarmos os nossos ofensores a fim de eliminarmos antes de desencarnarmos, qualquer motivo de desavenças ou ódios, ou qualquer causa motivada pelo rancor.
Dessa forma podemos fazer de um inimigo ferrenho nesse mundo, um amigo verdadeiro no outro ou ficarmos pelo menos, do lado do bem, pois Deus sempre ampara aqueles que SABEM perdoar, QUE SE ESFORÇAM PARA ISSO.
Quando Jesus nos manda reconciliar o mais cedo possível com os nossos inimigos não é só para eliminar as desavenças nessa atual existência mas para evitar que elas continuem nas existências futuras, “Não saireis de lá, enquanto não houverdes pago até o último ceitil, ” isso quer dizer que enquanto não perdoarmos a nós mesmos e aos outros, estaremos presos em cadeias de ódio e rancor, das quais só nos libertaremos quando estivermos quites com a Lei de Justiça Divina.
Esse ensinamento do nosso Divino Amigo, vem esclarecer com muita lógica, os casos de pais que não suportam filhos e filhos que não suportam pais, sem nenhuma causa aparente nessa existência. Temos acompanhado casos de verdadeiros inimigos entre pais e filhos: assassinatos, estupros, aversões de toda ordem, casos de horrores até aos mais amenos e corriqueiros que também não deixam de ter importância e merecem nosso estudo e mudança de atitude.
Quando os pais percebem uma certa incompatibilidade, uma pequena aversão, falta de empatia, ciúmes exagerados tanto dos pais em relação aos filhos como dos filhos em relação aos pais, é um sinal de alerta. É hora de refletir, pensar na melhor maneira de eliminar a causa, não importando de onde venha mas sim buscando apaziguar, reconciliar com o filho, enquanto há tempo, enquanto estamos a caminho...uma excelente fórmula, é conversarmos com nossos filhos enquanto eles dormem, solicitando amparo e inspiração do nosso mentor e do mentor dele, o filho, pois o Espírito não adormece e estará nos ouvindo.
Dizermos o quanto os amamos, o quanto precisamos ser amados por eles, pedirmos que nos perdoem por qualquer falta do passado; perdoar sem limites, aprendendo o esquecimento de nós mesmos, sermos dóceis e humildes de coração, sem medir nossa mansidão e brandura, prometermos que estaremos ao seu lado sempre, com muito amor e dedicação.
Mostrarmos o quanto é importante para nós, a sua felicidade e acima de tudo darmos as mãos para Jesus nos amparar e intuir em todos os momentos.
É dessa forma que podemos anular e desintegrar os miasmas e aversões do passado tenebroso que todos estamos sujeitos: Aprendendo a amar, A M A N D O!
Assim faremos o que desejamos que o nosso Pai Celestial faça por nós, diante de nossas faltas.
Assim faremos se desejarmos cumprir com integridade e discernimento, a tarefa de educadores que aceitamos ao gerarmos um filho de nossas entranhas que é filho dileto do Criador, tanto quanto nós, os pais terrestres.
Pais, nunca esqueçamos que nas palavras, como nas ações, o perdão das injúrias não pode ser de atitudes vazias e inúteis. Esqueçamos o mal que nos foi feito e pensemos apenas no bem que podemos fazer hoje.
Aquele que escolher a paternidade na Terra não deve nem mesmo em pensamento desviar-se de seus objetivos e deveres. Façamos com que esses objetivos sejam desprovidos de rancor, Deus sabe o que se passa em nosso coração e estará conosco, nos fortalecendo e amparando em todos os momentos que usarmos na educação, instrução e orientação de nossos filhos.
Feliz é o pai que pode ao final de cada dia, deitar a cabeça no travesseiro e dizer: “Pai, fiz tudo que pude por meu filho, foi feita a Sua vontade, como também a minha em Lhe servir sempre, estou em Paz!!!!”
EUCKARIS GUIMARÃES MENDES
COM MUITO AMOR!
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(PÁGINA INTEGRANTE DO LIVRO "EDUCAR: BENEVOLÊNCIA E FIRMEZA" DE MINHA AUTORIA)
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