Síndrome do Pânico: o que se esconde por trás dos sintomas?
Atualizado dia 8/23/2017 6:57:36 PM em Psicologiapor Flávia Fuzeti Fagali
Esta é mais uma doença da sociedade atual, hoje cerca de 1% da população ao ano tem pelo menos um episodio de pânico. E 5% das pessoas já tiveram uma crise dessas ao menos uma vez na vida.
Pessoas ansiosas e do sexo feminino são mais suscetíveis à doença, mas dentre os principais fatores que desencadeiam a síndrome estão fatores genéticos e problemas de convivência tanto familiar quanto social. Sendo que a grande maioria desenvolve a doença sem que exista nenhum antecedente na família.
É mais comum em adolescentes e jovens adultos, sendo que metade dos casos registrados ate hoje indicam pessoas que tiveram a primeira crise entre os 15 e os 30 anos.
Os sintomas físicos aparecem subitamente, sem causa aparente, desencadeados pelo desequilibro na produção de Gaba e Serotonina que comentei no inicio do texto. Mas o que leva a este desequilíbrio? São diversos os fatores que podem gerar uma espécie de choque no cérebro e desencadear uma crise, são eles: ansiedade em excesso, estresse, perdas, aborrecimentos, frustrações, dentre outros.
Uma vez desencadeada a crise, o corpo libera uma grande quantidade de adrenalina na corrente sanguínea provocando aumento da frequência cardíaca e respiratória, ressecamento da mucosa bucal, e sensação de falta de ar.
Um ótimo exercício para fazer quando uma crise se inicia, para que o corpo volte ao equilíbrio, é um exercício de respiração muito utilizado nas aulas de Yoga. Inspirar profundamente pelo nariz, prender o ar por cerca de 4 segundos, e soltar o ar pela boca contando até 4. Pratique esta respiração até sentir que os batimentos começam a voltar ao normal.
Até aqui falamos muito dos fatores físicos da doença, mas o que a psicossomática tem a nos dizer sobre isso? Quais os fatores emocionais que estão relacionados a esta doença? O maior deles certamente é um medo muito forte, paralisador. Mas medo de quê?
Eu diria que principalmente o medo de não ser aceito. Por conta disso, eu deixo de ser eu, repreendo meu temperamento e tudo isso que eu nego por achar que é errado ser assim, que os outros não irão me aceitar, isso acaba por atacar meu cérebro e provocar o desequilíbrio na produção de Gaba e Serotonina.
Quando eu reprimo o que eu sou e procuro ser diferente para agradar os outros, eu nego a minha natureza, a minha essência e consequentemente crio uma serie de problemas em minha vida, advindos da insatisfação gerada por todo este movimento.
A intensidade das crises de pânico está relacionada diretamente com o tamanho daquilo que você reprimiu.
Neste sentido, qual seria a cura do ponto de vista psicológico para a síndrome do pânico? ACEITAR-SE! Seja como for, seja você impulsiva, ousada, mal humorada e etc... Simplesmente se aceite e aprenda a lidar com a sua personalidade sem reprimi-la, sem tentar ser o que você não é, e então o pânico desaparece.
Reprimir a ousadia é uma das maiores causas da síndrome do pânico.
Seja Você mesmo e este será o início para cura.
O uso de medicamentos psiquiátricos irá agir na reposição das substâncias que o cérebro não está produzindo, ajudando o corpo a voltar ao equilíbrio orgânico. Mas os remédios irão apenas combater os sintomas. Para se curar da síndrome do pânico e deixar de ser dependente de remédios à indicação, portanto, é um bom trabalho de psicoterapia, onde o psicólogo ira trabalhar questões relacionadas ao autoconhecimento, convívio familiar e social que podem estar ligados ao aparecimento da doença, autoconfiança e auto aceitação. Texto Revisado
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