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Suave como o vento, penetrante como a água

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Autor Renata Kindle

Assunto Psicologia
Atualizado em 10/1/2014 3:30:14 PM


A natureza é assim, mutável, circular, e em constante movimento. A única coisa que não muda na natureza é a própria mudança. Nós deveríamos ver e viver essa verdade também: a certeza da mudança! Somente nós, seres humanos, ficamos estagnados, deixando a vida passar enquanto apodrecemos no tempo que vai.

Nós somos possibilidades, podemos acontecer sempre e sermos tudo, até uma estrela se assim desejarmos ser. Podemos iluminar o outro há milhões de quilômetros de distância. Nesse ir e vir dos ciclos, devemos transformar todas as cosias em bem, abrirmos nossos olhos para um acontecimento melhor.

“Só escurece até meia noite, depois, o dia começa a clarear” já diz a sabedoria popular, mas nós sofremos, nos debatemos por dias, anos a fio, buscando soluções que não existem para problemas que igualmente não existem, a não ser em nossas cabeças, que se esmeram em mantê-los bem vívidos. Abramos nossos olhos para o azul do céu, para as mil formas que as nuvens assumem em poucas horas. Precisamos compreender as coisas simples, como faz o salmão que sobe o rio na desova, mesmo sabendo que renovar a vida, muitas vezes, significa passar antes por uma situação de morte. A morte de um ciclo, a morte de uma etapa, que dará início ao novo momento, ao novo status, ao novo!

Não se vê o vento, mas sente-se e ele é suave. Quando não mais o é, deixa de ser vento, vira vendaval, furacão e isso é o desequilíbrio. Fechemos nossos olhos para sentir o vento em nossos rostos, por entre nossos cabelos e em nossa pele. Sintamos a força do abraço de um amigo, choremos nossas dores até o fim, enquanto forem dores, mas não as cultivemos como orquídeas raras. O fim do inverno é o início da primavera, novas flores, novos sonhos, novas promessas, novas possibilidades e o novo começo.

Precisamos ter o conhecimento das forças necessárias para nos levantarmos das nossas quedas e para nos mantermos sempre em marcha, mesmo que às vezes caminhemos a passos lentos, devemos sempre acompanhar o movimento do tempo. Essas forças nos são ofertadas gratuitamente desde o instante do nosso nascimento, do nosso pouso no mundo físico, acompanham-nos como recursos internos, são inerentes a nós, mas temos que aprender a usá-las, temos que aprender que elas estão lá à nossa disposição e temos que alimentá-las. Um carro parado por vários dias não funcionará ao ser ligado na primeira tentativa, pois a bateria que o alimenta certamente estará descarregada. O mesmo ocorre conosco, quando não usamos nossas forças, elas também diminuem a carga.

A natureza nos ensina a usarmos nossas forças em nosso favor, é um poder e um cetro que ela nos dá, para sermos reis de nosso próprio reino: nossas vidas! O vento é suave e a água é penetrante. São duas formas de energia, como nós também somos energia, mas com que tipo de alimento nós vamos escolher nutrir nossa energia? Tóxica? Radioativa? Ou suave e penetrante?

E como fazemos isso? Observando a água que brota na fonte, percebemos facilmente que ela simplesmente segue seu caminho, ela não pergunta onde vai, sabe que vai virar oceano. Ela não se detém diante de uma queda, ela simplesmente se lança, formando cascatas lindas de admirarmos e quanta força ela tem quando se junta com outras águas, que igualmente seguem o caminho do mar! A água não pára diante dos obstáculos, ela cobre frestas e fendas e cobre rochas gigantescas ou simplesmente as contorna, mas ela sempre e simplesmente segue. Seguir sempre em frente, sempre confiando de que um dia também viraremos mar, é assim que devemos dar nossos passos, com confiança!

Há uma poderosa energia quando amigos se sentam juntos, quando a família se reúne em torno da mesa e compartilha o alimento. Há uma poderosa energia que une os amantes, que cura as feridas abertas, que ameniza sentimentos negativos, que aplaca a tristeza dos olhos... basta que a toquemos e a tragamos pra dentro de nós conscientemente e que a deixemos operar em nós, bem no íntimo. E nós somos transmissores dela para as pessoas que convivem conosco, elas se sentem melhores ao nosso lado.

A vida não é um plano linear, não é cartesiana, mas é redonda como o mundo, é cíclica como a natureza, é circular, de vai e vem, de sobe e desce, como numa roda-gigante de parque de diversões, mas devemos nos esforçar para nos mantermos no equilíbrio, tendo ciência de que aumentar um lado é o mesmo que diminuir o outro. Quando é noite, não pode ser dia. Não se tem o luar enquanto o sol ainda brilhar. Mas há a aurora e o entardecer, que são as transformações graduais e calmas da noite em dia e do dia em noite, mas sempre com suavidade, num sempre continuar.


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Renata Kindle   
Psicóloga clínica e hospitalar (crianças, adolescentes, adultos, casais e família); autora de alguns textos e artigos. Desenvolvedora de um trabalho piloto sobre a atuação das emoções no corpo físico, que se realiza com grupos de oficinas terapêuticas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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