TECNOLOGIA E VIDA VIRTUAL
Atualizado dia 5/14/2012 12:17:02 AM em Psicologiapor fatima bittencourt
Precisamos refletir sobre a maneira de como estamos utilizando a tecnologia...
Saimos de nossa calma e vamos em excesso de pressa para nossos celulares?
Estamos perdendo ou não nossa capacidade de autoconfiança com os bombardeios de informações da tecnologia?
Queremos estar com nós, outras pessoas, mas também conectados com todos os lugares ao mesmo tempo? Queremos estar em reuniões e no computador, mas prestar atenção apenas às partes que nos interessam, esquecendo nossa verdadeira responsabilidade com a felicidade pessoal e ações sociais compassivas de bem-estar e evoluções coletivas?
Ninguém tem mais tempo para falar ou ouvir ninguém, porque estão todos muito ocupados com seus e-mails, blogs, postagens e armários tecnológicos abarrotados de não tempos inventados para ser arrumados?
Os que estão sem acesso à tecnologia por opção, devem viver a pressão de um pertencimento imposto e que foi tão rapidamente dominante em nossas vidas?
Os que escrevem muitos sms para quase tudo, estão desaprendendo a conversar?
Onde ficará o pouco uso de todo nosso sensorial, como cheiro, toques e nossos instintos hormonais de seres interdependentes?
Os diálogos estarão perdendo espaço porque tudo acontece em tempo virtual, e não podemos controlar tanto o que vamos dizer no real?
Significa que deletamos ou disfarçamos o que não queremos de nós mesmos e do outro?
Será que perdemos a confiança de podemos contar uns com os outros na vida real, num tempo de afetos esquecidos?
Nos sentimos sozinhos e receamos cada vez mais a intimidade de amar incondicionalmente?
Estamos desenvolvendo tecnologias que nos oferecem a ilusão de amizade, sem as exigências da presença real?
Temos a ilusão de que seremos sempre ouvidos e nunca ficaremos sozinhos com a comodidade do mundo virtual?
Se não formos capazes de estar sozinhos com nós mesmos, será que a tecnologia nos está tirando esse tão precioso tempo de conseguir?
Precisamos ouvir uns aos outros, inclusive, as partes que nos mostram o que precisamos para sermos melhores. Estará a tecnologia virtual nos fazendo confundir a evolução individual e coletiva também?
Como faremos sem os conflitos e tombos para nos revelarmos uns aos outros em nossas transparências?
Será que a rápida divisão dos grupos nas redes sociais não estariam repetindo padrões de separatividade, e nos enfraquecendo enquanto forças coletivas de transformação?
Será que vivemos uma competividade invisível e inconsciente de que precisaremos ser fortes para sobreviver à triagem do fim do mundo, previsto para 2012?
Teremos que nos afastar dos afetos como se fossem ameaças ao enfraquecimento? Também de emoções como tristezas e saudades? É moda utilizar, em nome de filosofias ancestrais, normas, como excluir pensamentos e emoções, passado e futuro, como que se viver o presente e amar não fossem mais mérito dos que investiram bastante no autoconhecimento e construções de estruturas psíquicas para um dedicado caminho de consciência e espiritualidade.
Estamos emburrecendo ou ficando cada vez mais inteligentes, com comprovações de ciências de youtube, google ou qualquer fonte de pesquisa virtual, excluindo os que viverão mais na vida real?
Enfim, não tem como negar a existência e necessidade da tecnologia, e nem mesmo as gigantescas mudanças vibracionais em todo sistema existente. Porém, devemos estar atentos ao preço que pagamos para sobreviver a verdades inquestionáveis onde corremos riscos de deletar vivo, todo registro de nossa humanidade!
Que seja bem-vinda toda tecnologia, e que as leis universais continuem nos presentear com o bom senso e responsabilidade por nossa e de todos, com a felicidade!
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 7
Psicóloga há mais de 25 anos, Fundadora do Grupo Sanare, Casa Azul e Solar dos Budas. Sua base teórica e vivencial reúne a filosofia oriental, neurociência e psicologia integrada. Oferece consultoria e atendimento psicoterápico clínico. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |