Você tem medo de quê?
Atualizado dia 2/27/2013 1:56:00 PM em Psicologiapor Carmem Farage
O medo nasce da falta de conhecimentos, da ilusão e do desejo, aliados ao apego à matéria. Vencendo esses primeiros obstáculos, o medo existente já fica sem muitas das formas em que ele se alimenta. A partir do estudo, do treino do desapego e da compreensão da ilusão, o medo ainda remanescente pode ser percebido com mais clareza.
O medo de que falamos não é aquele que o nosso corpo animal sente quando reage fisicamente às pressões do ambiente. O medo que buscamos eliminar é oriundo das modificações nocivas da mente, que usa a memória e a imaginação, aliadas à faculdade de projetar situações, antecipando-as e visualizando-as tão fortemente que se envolve por completo com o medo daquilo que criou de negativo.
Há algumas verdades de que temos que nos lembrar sempre, quando o medo nos ronda ou quando queremos fugir à sua influência:
1. O medo é uma ilusão da mente.
2. Aquilo que mais precisamos temer está sempre ao nosso lado e nem nos damos conta.
3. Nossa mente, assim como criou, pode anular o medo.
4. Nunca estamos sozinhos diante do perigo.
5. A luta contra o medo não deve ultrapassar os limites da capacidade física.
6. Nosso medo só é forte quando o alimentamos.
O maior dos obstáculos às modificações, sua eliminação depende do nível de ilusão no qual vivemos e dos apegos que mantemos, além da capacidade para a luta ainda existente na alma pois, se deixado por muito tempo à vontade para agir, pode ter abatido o espírito.
O homem cujo espírito foi abatido pelo medo, que desistiu de conhecê-lo, será incapaz de reagir, adotando posturas de fraqueza e comportamentos inseguros. Essa pessoa se refugia na rotina, temendo tentar modificar.
Os fatores básicos mais comuns do medo são:
1. O temor à submissão ao karma em seus aspectos negativos;
2. O medo do desconhecido;
3. As dúvidas sobre as razões kármicas do sofrimento;
4. A tristeza e a solidão;
5. Antigas reações inconscientes a situações passadas em outras vidas;
6. Apego à vida na matéria;
7. Conceitos mal assimilados sobre karma e morte.
O medo está presente em nosso espírito em diversos níveis. Todos os medos são projetados pelo pensamento, que cria um estado de ansiedade ao qual a pessoa passa a reagir. Pensamos no futuro, no presente, até mesmo no passado com tensão e insegurança, e isso pode gerar medo. Ao experimentar sensações que nos assustam, como a tristeza ou a pobreza, e isso também causa medo.
Já que o medo se aloja na mente, é dela que teremos que partir, entendendo que a presença do medo é um estado mental e não uma realidade concreta.
Como a compreensão do medo requer autoconhecimento, sugerimos que se analise na estrutura pessoal, o que representam a autoridade, o desejo de felicidade e ânsia de poder, pois esses fatores também são causadores de medo. Ninguém é mais medroso do que aquele que sente sua autoridade ou poder ameaçados, bem como é tremendamente medroso quem teme perder a ilusória felicidade conquistada.
Libertar-se do medo não significa usar uma escora para sentir segurança, mas é, antes de tudo, conhecê-lo sem paixão, usando a plenitude da inteligência. E depois de conhecer o medo, no seu inteiro conteúdo, verifica-se que ele pouco contém de real e é mais uma das ilusões criadas pela mente.
Tenham todos uma ótima semana.
Texto revisado
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Fundadora do Instituto Lumni, criadora da Terapia Lumni - uma terapia quântica que une ciência e espiritualidade sob a mentoria de Teillhard de Chardin. Psicóloga, Psicanalista, especialista em Regressão de memória, apometria Clínica, Mestra de Reiki Usui Tibetano, especialista em Medicina Chinesa. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Psicologia clicando aqui. |