A humildade é uma conquista!
Atualizado dia 14/02/2014 11:21:56 em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Em época de confusão e incertezas para a humanidade, que subestima os valores da essência e perde-se nos labirintos da inconsciência onde o egoísmo encontra terreno fértil, surge o foco de luz da Nova Era a iluminar novos caminhos que levam o homem ao despertar de sua inerente potencialidade. Condição que, inevitavelmente, entra em choque com características milenares do espírito encarnado, como a prepotência, o orgulho e a vaidade, que insistem em representar um nível vibratório cada vez mais incompatível com o lento mas irreversível processo de transmutação energética, que começa a expor, revelar e transparecer a verdade de cada um inserida no contexto universal.
É a fase terrena da transparência de intenções, onde os humildes e simples de coração herdarão a Terra com o propósito de semear o solo fértil e adequado para prósperas colheitas.
No livro "Os prazeres da alma", pelo espírito Hammed, encontramos um interessante conceito de humildade: "Na atualidade, ainda se associa humildade com inferioridade, submissão e pobreza; no entanto, ela está relacionada com distinção, gentileza, lucidez, graciosidade e simplicidade. Entre todas as virtudes, somente a humildade não realça a si mesma porque o verdadeiro humilde não acredita que o seja".
Seguindo esse raciocínio, posso afirmar que na minha experiência como psicoterapeuta interdimensional, atendi a raros casos de pessoas em desenvolvimento da verdadeira humildade. Geralmente, indivíduos focados no autoconhecimento como sendo um importante objetivo de suas vidas. Situações em que o contato com os mentores espirituais em estado alterado de consciência, fluiu com muita naturalidade.
Conforme registra Hammed, pela psicografia de Francisco do Espirito Santo Neto, "o humilde examina e pondera o orgulhoso porque um dia também foi; o arrogante, porém, como ainda não conquistou a humildade, não sabe apreciar e valorizar a simplicidade. Os indivíduos humildes penetram na essência das coisas, pois desenvolveram a habilidade de fazer a mente silenciar. É no silêncio mental que os ciclos habituais ou condicionados das regras e normas preconceituosas cessam, que os padrões de pensamentos inadequados são interrompidos, para que haja a internalização da inteligência universal em nós".
Em síntese, somos aquilo que sintonizamos durante a nossa experiência vital e vibramos conforme o nível de nossas escolhas. Ser, na verdade, é tornar-se simples de coração. Condição que exige, do indivíduo dotado de inteligência e Livre-Arbítrio, aprendizados necessários ao processo de expansão da consciência universal. Portanto, a humildade é uma conquista do espírito, pois os humildes aprenderam com a introspecção, a fazer de si mesmos um canal transcendente por onde flui silenciosamente a inteligência universal.
"A inteligência universal é o instrumento pelo qual retomamos a conexão à Causa Primeira. Ela não está confinada a nenhuma religião; ao contrário, é acessível a todos os seres, contudo só se deixa penetrar por aqueles que têm simplicidade de coração e humildade de espírito. Por meio de recursos infinitos, recebemos as mais sublimes contribuições -psicológicas, filosóficas, artísticas, religiosas- alargando a compreensão da vida dentro e fora de nós mesmos", finaliza Hammed.
A Nova Era da sensibilidade e da transparência cristalina acompanha o alvorecer do novo milênio, estimulando o ser inteligente a despertar o seu potencial, que tem, na humildade, a qualidade que salvaguarda as demais, por possuir a habilidade de estar conectado com o eu verdadeiro.
Neste sentido, a fábula da rã leva-nos a um exercício reflexivo sobre o orgulho e a humildade em nossas vidas: "Uma rã se perguntava como podia afastar-se do clima frio do inverno. Uns gansos lhe sugeriram que emigrasse com eles, mas o problema era que a rã não sabia voar".
"Deixem-me pensar -disse a rã- tenho um cérebro esplêndido".
Logo pediu a dois gansos, que a ajudaram a apanhar um galho forte, cada um sustentando -o por uma extremidade. A rã pensava em segurar-se pela boca.
A seu devido tempo, os gansos e a rã começaram sua travessia e em pouco tempo passaram por uma pequena aldeia, e os habitantes dali saíram para ver o inusitado espetáculo. Alguém perguntou: "De quem foi brilhante ideia?"
Assim, a rã se sentia tão orgulhosa e com tal sentido de importância, que exclamou: "Foi minha!"
Seu orgulho foi sua ruína, porque no momento que abriu a boca, se soltou do galho, caiu no vazio e morreu".
O termo humildade vem de húmus, palavra de origem latina que quer dizer terra fértil, rica em nutrientes e preparada para receber a semente. Portanto, na condição de filhos da Terra, não são os títulos, a riqueza ou a pobreza, e sim, o conhecimento de si mesmo, que nos transporta a uma viagem real pelos erros e acertos vividos cotidianamente no enfrentamento das diversidades humanas. Então, as mudanças acontecem do interior ao exterior, e o que nos torna humildes não são as conquistas materiais, mas as conquistas do próprio eu, ao estabelecer mudanças a partir do autoconhecimento, que é o sólido fundamento da humildade.
Texto revisado
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |