A intuição abre caminhos!
Atualizado dia 10/6/2023 3:03:25 PM em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Segundo estudos do Dr. Roger Sperry, prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1981, ficou esclarecido que a linguagem, o raciocínio lógico, determinados tipos de memória, o cálculo, a análise são próprios do hemisfério esquerdo do cérebro. Enquanto que o direito não usa palavras, é intuitivo, usa a imaginação, o sentimento e a síntese.
O hemisfério esquerdo do cérebro interpreta literalmente as frases ditas, já o hemisfério direito percebe a intenção oculta de quem fala. O esquerdo entende pelo aspecto lógico, racional e sequencial, e o direito compreende aos saltos, tem insight e visão holística.
O lado esquerdo do cérebro não se aventura a criar, inventar, sonhar. Prefere a segurança do conhecido, do lógico, do aceito pela sociedade em que vive. Já o lado direito solta a imaginação, viaja pelas asas do sonho, cria, inventa, recria e assume ser livre. O esquerdo é linear, objetivo, usa o conhecimento de forma dirigida, sequencial, analítica, convergente; o direito é não-linear, subjetivo, utiliza o conhecimento de maneira livre, múltipla, holística e divergente.
Nesta direção, o físico Albert Einstein, através de sua genialidade, já havia percebido a importância do lado direito do cérebro, ao registrar: "A mente intuitiva é um presente sagrado e a mente racional é um servo fiel. Nós temos criado uma sociedade que honra o servo e tem esquecido do presente sagrado".
Digamos que o "presente sagrado" ao qual Einstein se referiu -ou mente intuitiva-, é o conhecimento independente do raciocínio linear. É algo inexplicável que vem a nós sem querermos. É algo que foge do raciocínio lógico. É perceber as coisas claramente sem necessidade de intervenção do raciocínio. É uma sensação, um pensamento que não tem uma explicação lógica.
Podemos afirmar que o pensamento intuitivo é uma característica bem mais humana do que o pensamento lógico. Podemos até dizer que todas as pessoas podem praticar o pensamento lógico, mas nem todas estão preparadas para o pensamento intuitivo, que requer uma integração de todas as facetas da mente humana, ou seja, o pensamento intuitivo leva em consideração a natureza emocional do homem, bem como as ilações dedutivas do pensamento lógico. E não só combina tais elementos como acrescenta uma nova visão baseada na estrutura dos valores essenciais do indivíduo.
Portanto, quando usamos efetivamente o pensamento intuitivo, torna-se natural agirmos de forma harmônica com todas as pessoas envolvidas. Isto não é ser bom e nem altruísta, é apenas estar de acordo com a verdadeira lógica de ser e de viver. E isto requer autoconhecimento e autoanálise, com momentos de introspecção frequentes, de forma a possibilitar a eclosão em nós desta mais ampla forma de pensamento, o pensamento que ativa o lado direito do cérebro.
É como se o homem observasse agora as suas questões sob um distanciamento maior, não mais centrado em si mesmo, como se fosse o ponto central da criação. Ele se sente como uma parte de uma Força de Vida mais ampla. Suas preocupações baseadas na ansiedade e medo de risco pessoal desaparecem. A compreensão do futuro e das relações de causa e efeito é mais abrangente; de linear é agora sistêmica.
Esta visão sistêmica passa a ser uma exigência da Era da Sensibilidade, a qual vivenciamos o seu despertar nos dias atuais. Despertar que estimula o homem a exercitar uma ferramenta indispensável ao seu autoconhecimento, a intuição. Ferramenta que abre caminhos bloqueados por condicionamentos baseados numa cultura de visão linear da existência, que limita a expansão da consciência e reduz o conhecimento às dimensões ligadas à matéria.
Muitas patologias humanas são o resultado da visão reducionista que molda uma mentalidade e formas de comportamento compatíveis com o medo da autodescoberta, tornando o indivíduo reduzido ao eu e o mundo que gira ao redor de si mesmo.
Talvez, o primeiro passo na direção de nosso despertar intuitivo, esteja simbolicamente inserido no "alerta" emitido pela cientista Jill Taylor, em seu livro "A cientista que curou o seu próprio cérebro". Best seller baseado em suas próprias experiências com o acidente vascular cerebral (AVC), que mudou a sua visão de mundo e percepção de realidade: "Se você tem dificuldade para acessar a consciência do circuito do lado direito de sua mente, deve ser porque fez um trabalho estupendo aprendendo exatamente o que lhe ensinaram enquanto você crescia". Ou ainda: "O meu lado direito percebe que a essência do meu ser tem vida eterna".
Podemos concluir que um comportamento em que o eu é racionalmente rígido ou excessivamente emocional, apresenta significativo desequilíbrio que inibe a livre ação do hemisfério direito do cérebro. Na grande maioria dos casos, essa característica acompanha o indivíduo em suas sucessivas vivências. Situação que aponta o processo de autodescoberta como meio de encontrar a integração necessária entre a razão, a emoção e o presente sagrado, a intuição.
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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |