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A sua vida está em banho-maria?

Atualizado dia 7/10/2013 6:35:52 PM em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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"As forças naturais que se encontram dentro de nós são as que realmente curam as nossas doenças". (Hipócrates)

Banho-maria é uma técnica de cozimento à base de calor indireto e água, utilizada no preparo de alimentos que não podem entrar em ebulição. Por este motivo, usa-se esta expressão popular quando protelamos situações ou decisões na vida, que ficam por tempo indeterminado, no banho-maria.

Somos proteladores quando chegamos tarde a compromissos assumidos ou adiamos tarefas ou decisões que devem ser tomadas. Protelar, enrolar, perder a ocasião e viver perdido no passado, presente e futuro é uma reação emocional e fuga de momento presente. Quem protela, vive na ansiedade e gasta energias sem colher fruto algum.

E não são poucas as situações que encontramos no atendimento psicoterapêutico, cujos modelos emocional e comportamental das pessoas revelam um forte traço de indecisão, de insegurança no momento de decidir que rumo dar à sua vida, ou qual caminho trilhar quando surgem várias opções ao mesmo tempo.

Geralmente, na face oculta do hábito de procrastinar, encontra-se um sentimento chamado medo que esconde, em seus bastidores, a angústia e a apreensão em face de um perigo real ou imaginário. Bloqueio que interfere no livre-arbítrio, obstaculizando a determinação de focar a vida para o crescimento pessoal de uma forma mais segura, objetiva e saudável.

Nestes casos, durante o processo psicoterapêutico, observamos que os traumas psíquicos acumulados, são, em parte, responsáveis pela momentânea incapacidade da pessoa em reagir a um estímulo interno que exige agilidade na resposta.

Situações nas quais a limitação do poder decisório pessoal estimula o surgimento de doenças decorrentes da ansiedade, sentimento capaz de prejudicar a qualidade de vida, autoestima e saúde do ser humano, como as enfermidades psicossomáticas, ou seja, doenças que afetam a saúde física e mental. Gastrite, depressão, úlceras, taquicardia, hipertensão, cefaleia e alergias são alguns exemplos de doenças psiconeurológicas e psicooncológicas.

Deixar tarefas pendentes ou a indecisão no encaminhamento de situações que exigem respostas imediatas aumentam o nível de ansiedade, que, na dose certa, pode ser positivo, à medida que precisamos de desafios para nos desenvolver e aprender a viver com níveis de ansiedade suficientes para atingir o patamar mais alto de nosso potencial.

Nas regressões de memória extracerebral (vidas passadas), verificamos que o vício de procrastinar é apenas uma decorrência de um padrão emocional-comportamental que acompanha o indivíduo há muitas vivências na dimensão física. Isto é: um modelo cristalizado que muito pouco ou nada altera com o ciclo das reencarnações.

Portanto, levar a vida no banho-maria é uma tendência inerente ao indivíduo que traz consigo o medo (bloqueio) de desafiar a vida através de decisões ou de encaminhamentos que o direcionem ao crescimento pessoal.

Libertar-se deste processo de característica obsessiva, que limita e prende o indivíduo ao seu passado, é uma tarefa que exige vontade, querer e discernimento para conquistar um nível de lucidez que altere significativamente o seu modelo comportamental e implique numa melhor qualidade de vida.

Deixar a vida no banho-maria por tempo indeterminado é paralisar o processo existencial sob o ponto de vista psico-espiritual. É prender-se a processos obsessivos que levam o indivíduo à dependência e à inércia existencial. É ir na contra-mão do movimento vital que nos estimula ao progresso e à expansão de consciência.

Nesta direção, todo bloqueio ou obstáculo que surgir pelo caminho deve ser removido para que o fluxo natural da vida nos estimule ao crescimento. Sem esta clareza de propósitos, estaremos dependentes das circunstâncias da vida, que podem turvar a nossa visão naquilo que mais precisamos visualizar: a si próprio inserido no contexto vital e universal.

Neste sentido, as psicoterapias que abordam em suas metodologias a natureza interdimensional do ser humano podem ajudar a pessoa a encontrar a saída do labirinto de si mesmo. Tornar claro o que antes era obscuro pelo desconhecimento dos mecanismos inconscientes que provocam um "estado de coisas" individual que tende a se perpetuar.

Ajudar a pessoa a sair do banho-maria existencial e assumir o processo de autorrealização, sem receio de desafiar a vida em busca da felicidade possível, é o que propõe a psicoterapia interdimensional, ao estabelecer conexões e interpretações que levem a pessoa às necessárias elaborações, que por sua vez, acionam mecanismos conscientes responsáveis pela erradicação do sentimento de medo nos momentos de decisão ou de tomada de atitude diante da vida.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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