Devemos acreditar em bruxas?
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Autor Flávio Bastos
Assunto Vidas PassadasAtualizado em 4/28/2011 9:56:08 AM
"Aqueles que não estão convencidos deveriam ter cautela em assumir ingenuamente que toda a questão dos espíritos foi resolvida e que todas as manifestações deste tipo são fraudes sem sentido. Eu não hesito em declarar que tenho observado um número suficiente de tais fenômenos para estar completamente convencido de sua realidade" (Carl Gustav Jung)
Com o surgimento do espiritismo, observado como ciência, filosofia e religião, a mediunidade, antes perseguida pela Inquisição ou diagnosticada como psicopatologia estrutural pela medicina, hoje vislumbra novos horizontes com a aceitação da própria ciência médica como sendo um "estado alterado de consciência não patológico".
No entanto, a simples aceitação não é suficiente para que a mediunidade passe a ser considerada pela medicina como uma faculdade, ou seja, um canal natural de comunicação com os espíritos. Falta à ciência médica a compreensão baseada na experiência teórico-prática do espiritismo, pois não basta aceitá-la se não há uma profunda compreensão dos mecanismos bio-psíquico-físico-espírituais que envolvem a mediunidade.
Sentir a presença, ver, ouvir ou falar com os espíritos, permanece sendo um "tabu" somente fora dos ambientes de trabalho espírita ou espiritualista que tratam o médium sem a responsabilidade e a seriedade que a sua função merece.
Atualmente, são muitos os médiuns de todas as áreas profissionais em atividade, inclusive da medicina e psicologia, que praticam a mediunidade equilibrada nos centros espíritas e espiritualistas.
Por exemplo, é comum ouvirmos relatos de profissionais da área da saúde - médiuns videntes -, que ao observarem algumas pessoas que procuram o passe espírita, perceberem-nas acompanhadas por espíritos obsessores ou por aqueles que, desorientados, são atraídos pela luz que emana desses locais de atendimento e tratamento espiritual.
Enquanto a ciência médica não aceitar como natural a condição interdimensional das relações do homem com o próprio homem, a mediunidade continuará sendo "admitida" mas não compreendida na sua profundidade.
"Yo no acredito en brujas, pero que las hay, las hay". A posição do dito popular que expressa o simbolismo desta questão, que lembra o ato histórico e igualmente simbólico de "lavar as mãos" diante de situações que por comodismo ou medo não queremos compreender, servem como parâmetro para que o homem amadureça a sua posição sobre a mediunidade como sendo um instrumento de comunicação interdimensional a serviço da evolução da ciência e do próprio homem.
A partir do século em curso, a mediunidade começa a superar antigos condicionamentos humanos que limitavam o ser inteligente a "crer ou não crer", pois o atávico medo do desconhecido, associado aos traumas gerados pela Inquisição, influenciaram o inconsciente das sucessivas gerações a "ver para crer", ou seja, a limitar-se à percepção primária dos sentidos como fator de reforço da fé...
O milênio da luz e da expansão consciencial, estimula-nos ao desenvolvimento - e aceitação - dos sentidos que superam os considerados sentidos normais ou básicos do ser humano. A suprasensoriedade, portanto, passa a ser aceita e compreendida como um fator de evolução da humanidade.
O divisor do conhecimento científico passa entre a aceitação e a compreensão da mediunidade como esperança de consideráveis mudanças no âmbito de tratamento da "esquizofrenia" confundida com mediunidade, onde o excesso de medicamentos químicos, alguns deles causadores de efeitos colaterais e inibidores (bloqueadores) da percepção suprasensorial do médium, devem ser superados por tratamentos alternativos - ou acompanhamentos - que auxiliem o médium no equilíbrio de sua faculdade mediúnica.
Para crer na mediunidade, não precisamos acreditar em bruxas malvadas ou bondosas, ou ainda, lavar as mãos diante do "incompreensível". Basta-nos usar o crítério do bom-senso em prol do bem-comum e em detrimento de uma minoria que lucra com a comercialização de medicamentos químicos de conhecidos efeitos colaterais danosos à saúde.
Nesse sentido, a linha divisória científica que separa a aceitação e a compreensão da mediunidade, é reveladora do contra-senso entre a teoria e a prática dos tratamentos químicos receitados a portadores de mediunidade e não de distúrbios da esfera psiquátrica.
Precisamos, acima de tudo, de discernimento para separar o "joio do trigo" e não acreditar em bruxas do mal. Precisamos seguir em frente, à medida que oficialmente aceitamos a existência da mediunidade. Precisamos, urgentemente, cruzar a linha divisória do medo e da acomodação e avançar em direção à luz do conhecimento que eleva, dignifica e explica a existência humana sobre o planeta Terra.
flaviobastos
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |