Entendendo a reencarnação
Atualizado dia 12/09/2008 01:12:23 em Vidas Passadaspor Bruno Gimenes
Se no Universo, semelhante atrai semelhante, como poderemos ir para o “Céu” ainda com mágoas, medos, tristezas e egoísmos? Seríamos compatíveis com o Divino?
Está na cara que a máxima do sublime Mestre que diz: “A cada um será dado conforme suas obras” refere-se também a essa lei universal, que na atualidade é amplamente estudada e mais conhecida como lei da atração. E diga-se de passagem, como essa lei é justa, correta e digna.
Conhecemos muitas pessoas que já estão conscientes de que somos hoje o resultado de tudo que já vivemos em experiências passadas, ou seja, a somatória das diversas experiências de vidas passadas. Pois bem, essas pessoas são conscientes dessa natureza do Universo, compreendem teoricamente a roda do karma, aceitam as tantas questões envolvidas, mas se confundem quando acreditam que essa experiência terrena atual seja sua última passagem no plano físico. Confiam nisso, porque acham que não precisarão “voltar” mais.
É bom que se entenda que a Terra é uma escola. Aqui aprendemos inúmeras coisas, sendo que as principais são as relacionadas às emoções inferiores. Vamos evoluindo à medida que aprendemos a dominar nossa personalidade inferior, tão cheia de medos, ansiedades, inseguranças e limitações em geral. E para que essa personalidade congênita* se revele, precisamos experimentar das situações terrenas, que tanto nos testam quanto à angelitude de nossas virtudes.
Perguntamos: Existe ódio, mágoa, raiva, insegurança, dúvida, mágoa, medo, pessimismo e tristeza no céu (paraíso, astral superior, ou o nome que se queira dar?). Acredita que sim?
Pois acreditamos que não...
Portanto, só transcendem a necessidade de voltar ao samsara as pessoas que eliminarem por completo esses aspectos inferiores citados. Você ainda tem mágoa, raiva e tristeza? Achamos normal que tenha.... Então, você pode até ir para “lá”, mas, provavelmente, deverá voltar para a escola (Terra), porque esse ambiente tem muito mais afinidade com as suas limitações que o “Paraíso”.
Por isso, novamente perguntamos: Uma só existência seria possível para evoluirmos a um nível no qual as inferioridades não existiriam mais?
Cremos que seja impossível, exceto no caso de alguns Avatares divinos, que já vieram teo realizados. Mas, por via das dúvidas, caso você que está lendo esse texto, considere que já alcançou esse nível, ou seja, já transcendeu essas limitações, pedimos a gentileza de entrar em contato, para podermos conversar.
Queremos muito mesmo conhecer a pessoa que vive na Terra, mas não padece das toxinas originárias do ego negativo. Se você é puro e completamente angelical, humildemente lhe pedimos, por favor, que entre em contato, queremos muito conhecê-lo(a)!
Infelizmente, em função do nível de evolução que atravessamos no presente momento da humanidade, acreditamos que nos encontraremos muito ainda, no presente e no futuro, dessa e das próximas vidas. Isso porque as futuras vidas virão para desempenhar em nós todos o papel da educação espiritual.
Essa constatação traz o entendimento que nossa alma é como um cristal bruto, que vai sendo lapidado e polido, vida após vida, até chegar o dia em que seu brilho e beleza serão reluzentes e naturalmente virão à tona.
Muitos seres despertos estão caminhando a passos largos nessa busca por iluminação. Já muitos outros (a maioria das pessoas) estão completamente alienados dessa necessidade.
O fato que preocupa é que muitos não estão somente estagnados nessa busca por “lapidação e polimento”, como estão também se sujando cada vez mais, permitindo que uma crosta densa se precipite mais e mais, piorando as coisas. Tudo isso pela alienação e pelos equívocos do ego inferior.
O termo e a natureza da reencarnação não pertencem a essa ou àquela religião, filosofia ou doutrina religiosa, faz parte da essência da natureza. O que houve, foi que algumas religiões compreenderam esses mecanismos naturais, com isso adotaram em suas doutrinas.
Mas por que as religiões surgiram?
Foram estruturas de crenças que tiveram origem graças à necessidades que a humanidade sempre teve de compreender Deus e as leis do universo. Só que as religiões foram criadas pelos homens comuns, que todos sabemos, nunca estiveram livres do ego, da vaidade e ignorância. Não alcançaram a iluminação, tampouco calibraram seus discernimentos acerca das verdades do Universo. Portanto, sempre foram passíveis de erros, assim como qualquer um de nós. Esses erros sempre geraram conseqüências capazes de influenciar e comprometer o entendimento dos fiéis, também despreparados na arte de se conectar com Deus através da religião interior, ou seja, pelo canal do coração.
Tanto é verdade que houveram modificações, que essa tese pode ser comprovada. Isso porque a própria bíblia, uma bússola para inúmeras religiões, principalmente ocidentais, foi alterada em 553 d.C, após as determinações do Concíio de Constantinopla. Desde então, a reencarnação e suas referências foram retiradas do livro sagrado. Por conseqüência desse ato, tudo que derivou dos ensinamentos bíblicos, como a medicina ocidental, a filosofia, a sociologia, a política, entre outras frentes de estudo, assumiu postura não reencarnacionista.
Acredita-se que é chegado o momento em que o próprio avanço do nosso nível de consciência e o aumento de nossa capacidade de observação aos próprios ciclos naturais, não nos permite mais deixarmos passar desapercebido que a personalidade não é construída na infância, como preconizam os descrentes da natureza reencarnacionista. Se assim fosse, os filhos de um mesmo pai e mãe não apresentariam personalidades tão definidas e muitas vezes tão diferentes, mesmo tendo sido criados sob as mesmas regras, semelhantes cuidados e educação. Ou seja, se a infância fosse a grande responsável pela formação da personalidade, todos os filhos que fossem criados de maneira parecida apresentariam comportamentos e personalidades também similares, e como sabemos isso não ocorre. Essa constatação mostra uma das grandes evidências para todos que constatam a reencarnação no dia-a-dia: a personalidade congênita. Nossa consciência é sempre a resultante do conjunto de experiências de vidas passadas, o que forma a personalidade da alma imortal ou personalidade congênita.
As almas buscadoras da consciência espiritual, não mais acreditam na existência de um Deus que castiga, que faz da vida de uns histórias de sucessos e alegrias, enquanto dá a outros experiências de dor e sofrimento. A compreensão dos ciclos reencarnatórios explica de forma simples que sempre colhemos o que plantamos, seja para o bem ou para o mal, inegavelmente.
“Se quiser conhecer o seu passado, olhe sua vida presente.
Se quiser conhecer o futuro, olhe o presente”.
Gautama Buda
“Genialidade é experiência. Alguns pensam que é uma dádiva ou um talento,
mas é o fruto da longa experiência de muitas vidas”.
Henry Ford
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