Eu vi!... Caso Clínico - Parte II - Uma vez em Amsterdam




Autor Cleide Neuza Fernandes Maia
Assunto Vidas PassadasAtualizado em 10/21/2008 12:36:29 PM
Andréia vive numa cidadezinha próxima, com pouco mais de dez mil habitantes, ela, o marido e dois filhos. Mulher simples e dedicada, como grande parte das mulheres de hoje em dia, é mãe, esposa, trabalhadora e estudante, porém muito submissa. ... Relatou também um sonho muito importante, falava de sua vida durante o Nazismo. O que veremos na próxima edição.
Certo dia Andréia – trinta e dois anos, veio à sessão o contou que naquela semana havia sonhado que vivia durante o nazismo, sem lembrar-se de maiores detalhes.
Buscando novamente a causa da depressão através da regressão, durante o processo Andréia relata estar numa casa muito grande e antiga. Esta, com uma sala bastante espaçosa, móveis antigos e luxuosos. Tem a impressão de ser uma casa abandonada e de que ali vivia um casal muito feliz. Vê uma escada que desce para o porão e começa a descer. Nesse momento é tomada por um choro intenso e percebe-se como uma jovem de vinte anos, bem vestida e penteada. Termina de descer escada com muito sofrimento e entra no porão. Entre soluços relata que lá dentro tem muitas pessoas presas, com os braços algemados e atados a parede. São mulheres vestidas com blusas e saias longas muito sujas e homens vestidos com calças acima dos tornozelos rasgadas e também sujas. Estas pessoas estão revoltadas. Sabem que vão morrer, gritam e tentam culpá-la por não ajudá-los. Seu pai é o mandante daquela atrocidade. Acreditam que ela poderia intervir e, de fato poderia, mas preferiu se omitir.
“Caminhando no tempo” se vê com trinta anos, aproximadamente. Maltratada, vestida com roupas longas e sujas, caminhando numa rua da Índia, cansada, doente, triste e faminta. Passa por um homem que muito conhecia, ele a ignora e segue o seu caminho. Morre ali mesmo.
Conta que, era uma jovem de posses e vivia naquela luxuosa casa em Amsterdam, ela com o marido – “estrangeiro” e o pai. O marido foi convocado para uma guerra em seu país e supôs que tivesse morrido. Ficou só com o pai, que ordena o enforcamento daquelas pessoas. Em seguida ele desaparece misteriosamente. Naquele momento ela acredita que ele foi também executado. Ela sozinha se desespera, ameaçada pelo povo dali, foge para um lugar distante e se mantém por anos escondida numa cabana - definhando, com medo de ser encontrada pelas pessoas do seu lugar e também por medo de ser capturada por membros da guerra. Certo dia resolve sair, fica sabendo que a guerra havia acabado há tempos. Caminhando, vê um senhor e o reconhece como o seu marido. Este a desconhece. E, perambulando por aquelas ruas, termina os seus dias.
Andréia conclui que está aí a origem da depressão que tanto a atormentava. Nos encontramos algum tempo depois, disse estar muito bem, livre dos males que sentia.
| “Queixava-se de uma intensa dor interna, nervosismo e uma angústia que consumia todas as suas forças, muita vontade de chorar e de desistir de tudo. Relatou que sofria de enxaqueca.”
Remodelou sua vida de forma mais positiva, se formou e trabalhava como farmacêutica responsável onde antes era atendente.
Avaliação: 5 | Votos: 6




Psicóloga, atua numa aboradagem psicanalítica e utiliza técnicas de hipnose e regressão. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |