Mantenha o foco e evite recaídas
Atualizado dia 8/23/2023 8:39:14 AM em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
A autoestima segue um modelo que construímos durante as muitas vivências do espírito imortal. Sucessivas experiências que definem uma tendência comportamental que adotamos para o enfrentamento de diversas situações que se apresentam durante o processo vital.
Neste sentido, a experiência das relações com pais biológicos ou substitutos contribui para a formação de nosso perfil psicológico. A influência da educação parental, associada ao livre-arbítrio, determinam a manutenção ou a alteração do padrão de comportamento que trazemos de vidas passadas.
No processo terapêutico interdimensional, chamamos a esta situação de "estado existencial", cuja carga emocional pode ser liberada ou mantida por tempo indeterminado, até o protagonista de sua própria história despertar para a necessidade de mudança através de elaborações que levam à conscientização e à quebra de paradigma.
No entanto, as recaídas são muito comuns, mesmo durante os acompanhamentos terapêuticos, ou seja, caminhar para encontrar a saída de nossos problemas não impede tropeços e eventuais quedas pelo caminho, pois recuperar a autoestima após uma experiência psiquicamente traumática que desencadeou uma crise depressiva, não é o mesmo que transformar um antigo padrão emocional-comportamental em novo modelo, livre de condicionamentos e vícios. Os graus de exigência ou de dificuldades são distintos.
A autoestima é a forma de como nos visualizamos inseridos no contexto existencial, repleto de interações e necessidades pertencentes ao processo vital, que exige ação ou participação para podermos crescer enquanto indivíduos e sociedade. Neste contexto, quando não nos valorizamos o suficiente para nos sentirmos aceitos e socialmente participativos e integrados, as nossas limitações e bloqueios superam a sensação de bem-estar e de realização pessoal.
Durante o processo terapêutico interdimensional, as causas destas limitações e bloqueios começam a emergir do inconsciente em íntima ligação com o histórico existencial do indivíduo, seja através de experiências associadas à vida atual, ou seja por intermédio de experiências registradas em vidas anteriores, que acessam a consciência durante as sessões regressivas de memória.
Neste processo de autodescoberta em que o indivíduo apropria-se de informações preciosas para libertar-se de um modelo arcaico, é necessário manter o foco da mudança para evitar recaídas, pois a energia emocional, associada a vícios comportamentais, torna-se um fator de risco para a maioria dos casos.
Nesta direção, a caminhada é tão ou mais importante que a chegada. Quando estamos reeducando a mente, o processo é delicado e leva um tempo para fluir como realmente desejamos. É preciso persistência, paciência e amor pela pessoa que se é e que se deseja ser. Porém, como já registramos, o risco de recaída é real porque cortar grilhões que nos tornam cativos do passado é uma árdua tarefa para os envolvidos na interação terapêutica. O mais importante é não desanimar ou perder o foco diante de uma recaída, pois errar também faz parte do processo de autoconhecimento.
Embora ainda não tenhamos plena consciência disso, somos os principais agentes do processo de mudança interior, cujos mecanismos de cura interagem no sentido de gerar saúde física e mental. Basta mantermos o foco e percepção de momento para nos libertarmos, gradativamente, de males que afligem corpo e alma.
Contudo, o nosso pior inimigo é a compulsão, que nos leva a atos repetitivos geradores de dependências que nos tornam prisioneiros de um ciclo vicioso. Estado de coisas cujo grau de dificuldade exige de seu portador uma autovigilância constante no sentido de evitar recaídas ou abandono da psicoterapia.
Confiar na ajuda terapêutica, e acreditar que seja possível reverter uma situação de desânimo ou mesmo de descrença, é o primeiro passo de uma longa caminhada rumo à libertação de si mesmo. Caminho que estimula o exercício da persistência, do amor próprio e da vontade de atingir a meta da autotransformação.
Se nos aprofundarmos no tema, verificaremos que não existem receitas psicológicas de bem-viver, e sim, a paz interior, que uma vez conquistada pela via do autoconhecimento, é apropriada aos conhecimentos, saberes e experiências adquiridas na trajetória existencial do espírito. E quando prescindimos da autovigilância é porque perdemos o temor da recaída e desfrutamos da serenidade em sua plenitude.
Manter o foco, portanto, é aguçar a percepção em relação a si mesmo e ao momento existencial que vivenciamos, cuja meta é a cura dos males que nos provocam dor e sofrimento. Neste caminhar, o exercício da confiança é imprescindível tanto no aspecto singular quanto no plural, porque apesar de sermos considerados "eu indivíduo", somos eus interdependentes à procura de estados existenciais que nos levem à sensação de bem-estar contagiante, ou seja, que se estenda aos demais seres que compartilham o desafio de existir e progredir em paz de espírito.
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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |
