O poder no divã
Atualizado dia 18/06/2013 09:46:28 em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Tudo começou com a primavera árabe, onde o poder foi sacudido por intensas manifestações públicas de insatisfação contra um "estado de coisas" que insistia em perpetuar o seu domínio sobre tudo e todos.
Atualmente, a Turquia e o Brasil encontram-se envolvidos por protestos e manifestações de rua. Reivindicações distintas mas que revelam nos seus bastidores um descontentamento com as estruturas do poder, independentemente de siglas partidárias.
No Brasil, questiona-se por que investir rios de dinheiro na Copa do Mundo e nas Olimpíadas, se o país encontra-se com seríssimas dificuldades em solucionar problemas internos ligados à saúde, à educação e à segurança.
A primavera árabe sopra a sua brisa de renovação para outros continentes, cujos povos começam a questionar o caráter de seus representantes e a demonstrar a sua força de reação diante de situações consideradas injustas e opressoras.
No âmbito do poder mundial, já não interessam as ideologias de direita, esquerda ou centro. Os partidos políticos perdem a sua representatividade junto as masssas populares, que voltam-se para interesses que contemplem o bem comum. O povo, cansado de ser ludibriado e explorado, sai às ruas para protestar contra aquilo que está sendo sonegado e que é muito mais valioso que um estádio de futebol, ou seja, a qualidade de vida.
A quem interessa a construção de mega estádios ou o aumento de passagens de ônibus ou de impostos? É claro, aos grandes construtores e suas equipes. Aos empresários de grandes frotas de ônibus e ao sistema que recolhe as taxas pagas pelos contribuintes.
Portanto, a inquietação mundial nada mais é que o sopro de renovação da Nova Era, que iniciou nos países árabes e alcançou a Europa, a Ásia e a América do Sul. É o "sacudir de poeira" de um poder com íntimas ligações a egos inflados e interesses escusos que não servem mais como modelo na construção de sociedades que caminham para a Era de Cristal. Sinal dos tempos de transformações previstas para o homem que passa por questionamentos, dúvidas e decisões a respeito de si mesmo inserido no contexto planetário e universal.
O poder constituído por interesses mesquinhos que facilita o surgimento de mecanismos perversos ligados à corrupção, ao cerceamento da liberdade individual e ao egoísmo que satisfaz uma ínfima minoria em detrimento de uma maioria de pessoas, é o que representam as comemorações e protestos de rua que unem neste momento, Irã, Turquia e Brasil com um mesmo objetivo: o progresso da humanidade.
O poder do homem, historicamente construído a ferro, fogo e sangue, entra em colapso provocado pelo alvorecer da Era da Sensibilidade, que com a sua luz, ilumina o novo caminho a ser percorrido pela humanidade. Caminho que faz o indivíduo dotado de inteligência reavaliar escolhas e atitudes a partir de um significado maior para a sua vida: o bem comum.
O poder no "divã" clama por reciclagem, pois começa a sentir a pressão dos novos tempos de transparência que abre caminhos para o acesso de valores esquecidos, não bem entendidos ou desconhecidos de uma maioria de humanos ainda cativos de processos obsessivos ligados ao materialismo.
São a maioria jovens -o que não poderia ser diferente- que estão dando os primeiros passos rumo à quebra de paradigma que acompanha as sociedades mundiais desde há muito tempo. Cultura que reproduz geração após geração um estado de coisas que passa a ser questionado neste início de milênio. Condicionamentos que alimentam as velhas engrenagens do poder fundamentado no ego e seus principais "derivados": egocentrismo, egoísmo e orgulho.
Neste contexto, as novas gerações clamam por dignidade dos governantes e transparência de seus atos em prol do bem coletivo. A mensagem das ruas é clara neste sentido, e acompanha a tendência do século vinte e um que é transparecer o que está camuflado no obscurantismo dos fatos não revelados à luz da verdade. Desta forma, a Nova Era depura, através de mentes e corações humanos, os resquícios da perversidade que atingiu o seu auge na Idade Média e, cujos valores, se mantém nos dias atuais, disseminados pela cultura materialista impregnada de segundas e terceiras intenções.
Fase de transição que vivenciamos e que não será fácil ou tranquila para as sociedades mundiais, porque toda mudança estrutural traz na sua esteira o seu preço, que é a reflexão, a dúvida, o empenho, a escolha, a ação e a luta por dias melhores para o homem e o seu lindo planeta.
Definitivamente, o poder dos homens está no divã, à espera de um tratamento que o faça conscientizar-se de que a verdade faz bem à saúde e à democracia.
Texto revisado
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |