Os primeiros passos de luz
Atualizado dia 3/14/2014 10:11:37 AM em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
O autoconhecimento é uma difícil jornada na qual as descobertas levam o indivíduo ao conhecimento de si mesmo. No entanto, é um caminho que revela verdades ocultas, dissimuladas por mecanismos inconscientes que tentam evitar a reprodução da dor psíquica durante a caminhada.
No ciclo reencarnatório do espírito, o sofrimento é uma companhia desagradável, mas real, gerada pelas consequências do livre-arbítrio. É a experiência que predomina e mais envolve o indivíduo no seu processo vital. Não aprendemos ainda a lidar com o sofrimento porque desconhecemos os significados do amor em nossa existência. Estamos engatinhando nesta direção, avançando lentamente na compreensão e prática da energia que acalma, cura e liberta.
Na minha experiência como terapeuta interdimensional e dirigente mediúnico espírita, o que mais observei foi o predomínio da dor e do sofrimento nas relações do indivíduo consigo próprio, com o outrem e com o mundo à sua volta. Cenário onde o amor é um conceito vago, desconhecido na sua profundidade e praticado na sua superficialidade, com algumas lições que levam o ser pensante a reflexões, elaborações e aprendizados.
Quando desencarnamos, levamos para o plano espiritual a síntese do que somos. Quando reencarnamos para mais uma jornada na matéria, trazemos a mesma síntese que pode ser alterada conforme a influência parental na fase infantil, associada às nossas livres escolhas. E essa condensação de vivências na fisicalidade, revela a verdade de cada um inserida na transparência do contexto universal.
A vida pode ser um caminho aberto para a luz ou um caminho sombrio e cheio de surpresas desagradáveis. Caminhamos conforme a intencionalidade de nossos atos. Neste caminhar, se temos o sofrimento como companhia, é porque mantemos um padrão emocional-comportamental que precisa ser alterado de uma forma lúcida e focada.
Não há mistério na síntese do que somos, e sim, desconhecimento de si mesmo, do outrem e dos significados da vida, que pertencem ao âmbito do amor compreendido na sua forma mais abrangente.
Não há mistério no processo de autoconhecimento, e sim, libertação de amarras ligadas ao ego, como o egoísmo, o orgulho e a vitimização, que são responsáveis pelo "ciclo vicioso" do qual nos tornamos dependentes e prisioneiros.
No entanto, a cada ano terreno que passa, a natureza espiritual do indivíduo dotado de inteligência e livre-arbítrio, ganha mais espaço no âmbito do conhecimento humano. Processo inexorável que acompanha o avanço do milênio e consolida a fase de transição energética do planeta Terra.
Nesta abertura, onde a luz se propaga e atinge dimensões até então ocultas pelas trevas do desconhecido, o homem começa a desbravar o seu próprio interior rumo ao autoconhecimento de nível avançado, pois, é conhecendo-se profundamente que o indivíduo conhecerá o outro e o mundo que o rodeia. Aprendizados que adquirimos com o cumprimento de etapas que representam os passos de luz dados na direção do eu verdadeiro, a essência.
No alvorecer do milênio, mais e mais pessoas sentem-se atraídas pela sua natureza transcendental. Vazio de conhecimento que durante séculos predominou no mundo ocidental. Fruto de um "estado de coisas" que representou a cultura dominante materialista e pobre de valores espirituais.
Portanto, é dando os primeiros passos de luz rumo a autolibertação, através da descoberta de si mesmo, que o agente de seu próprio destino alterará o ciclo vicioso que o acompanha nas sucessivas vidas do plano material. É quebrando o paradigma que o mantém cativo do sofrimento, que o ser inteligente visualizará uma realidade vital plena de esperanças e realizações inspiradas no ideal do bem-comum.
De uma fase da humanidade que tem o seu prazo de validade vencido, o homem renasce para a perspectiva de uma sociedade mundial mais lúcida e inspirada pela energia do amor que transforma realidades.
Nesta direção, muitos indivíduos estão dando os seus primeiros passos de uma longa caminhada que exige foco, perseverança e firmeza de propósitos, uma vez que a meta é apropriar-se da verdade de si mesmo. Conhecimento que abrirá as portas da percepção para a interdimensionalidade da existência fundamentada no bem e alimentada pela poderosa energia do amor.
Texto revisado
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |