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Pobre, mas orgulhoso!

Atualizado dia 4/17/2009 7:00:25 AM em Vidas Passadas
por Flávio Bastos


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"A mente apegada a fatos, acontecimentos e pessoas é incapaz de perceber a sua essência. Aquele que está agarrado ao ego está vazio do sagrado; aquele que se liberta do ego descobre que sempre esteve repleto do sagrado". (Hammed)

A pobreza é uma condição humana digna de lástima, onde irmãos, muitas vezes em situação de miséria material, tentam sobreviver da melhor maneira possível dentro de uma realidade social que aos olhos de quem vê de fora parece carrasca e injusta.
A pobreza material instiga-nos a formular questionamentos e a irmos em busca de respostas: Por que alguns nascem pobres e outros nascem em condição sócio-econômica previlegiada? Por que o orgulho não é uma característica somente verificada entre os ricos, mas encontrado também entre indivíduos pobres?

Informa-nos a espiritualidade superior, em "O Livro dos Espíritos", codificado por Allan Kardec, que tanto a pobreza como a riqueza material são testagens (provas) para o espírito, sendo que a primeira exige do reencarnado, resignação e a segunda condição exige, do espírito, muita lucidez para não deixar-se envolver pelas armadilhas do egoísmo, do orgulho e da prepotência.

No entanto, como vimos, o orgulho não é uma característica que se encontra somente nos indivíduos abastados, basta prestarmos atenção à expressão popular: "Pobre, mas orgulhoso!", que independentemente de sua condição social, retrata a síntese do perfil humano em suas reencarnações no planeta Terra.

Sendo assim, observamos que para ser orgulhoso, o indivíduo não precisa ser materialmente rico, porque o próprio foi também pobre em vivência passada. O mesmo ocorre com o indivíduo pobre que foi abastado em vida pretérita. E essa alternância entre riqueza e pobreza existe justamente para exercitar qualidades pouco evoluídas em nossos espíritos, como a simplicidade, a caridade, a resignação (sem subserviência...) e, acima de tudo, o amor fraternal.

Talvez a riqueza seja uma prova mais difícil que a pobreza, justamente por envolver-nos em artimanhas sedutoras que atrasam o nosso processo evolutivo. Contudo, ser rico ou ser pobre não é a questão. O problema maior é a "pobreza" de espírito que independe da condição social, podendo atingir tanto ricos como pobres. E a "riqueza" de espírito não se adquire em uma reencarnação, ou de uma vivência para outra, mas com a caminhada do espírito, vida após vida, perseverando na trilha do bem, através da visão de amor abrangente.

Nesse sentido, o da evolução gradual da consciência, tivemos como exemplo o espírito de Francisco de Assis, que pela edificação de sua obra, tornou-se referência humana de desprendimento de valores materiais e de amor ao próximo.

Portanto, indiferentemente da condição social do indivíduo, até porque esse detalhe não conta pontos na escalada espiritual,  a lógica das expressões populares: "Pobre, mas orgulhoso!" ou "Rico e famoso", deveria, com o passar do tempo, ser substituída por expressões que elevassem a consciência humana sobre o planeta Terra. Algo como: "Rico ou pobre... mas lúcido!"

"Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles será o reino dos céus". Essa frase atribuída a Jesus Cristo e que ao longo dos séculos tem gerado polêmica na sua interpretação, na verdade, revela a visão crística do espírito reencarnado na pobreza que encontra-se consciente de sua momentânea condição existencial como sendo uma prova pela qual necessita passar. E a sua postura humilde e digna, diante das dificuldades encontradas pelo caminho, será recompensada com acréscimo de qualidade na sua ascensão espiritual, porque no âmbito da evolução consciencial nada nos é dado de graça, mas conquistado pelo critério do merecimento.

Lembro-me de uma experiência regressiva que acrescentou preciosas informações a um jovem em tratamento para a depressão. Era um indivíduo de origem humilde, mas que não se conformava com a situação de almoxarife de uma loja comercial onde trabalhava há cinco anos. No entanto, ele desfrutava de uma situação estável, era uma pessoa considerada de confiança pelo gerente e candidato natural à próxima promoção de funcionários da empresa.

A Psicoterapia, associada ao tratamento floral, diminuiu o seu nível de ansiedade que era alto. Foi o que conseguiu "segurá-lo", evitando que ele tomasse decisões precipitadas a respeito de seu emprego, cujo salário mantinha nutridas e vestidas suas duas filhas pequenas e esposa.

Na regressão, o jovem viu-se no corpo de um abastado propietário de terras, cuja família (os mesmos integrantes da família atual) sofria com as suas prolongadas ausências, aventuras amorosas, jogatinas e consequente perda de consideráveis quantias em dinheiro, sendo necessário a venda parcial do patrimônio da família para saldar as dívidas do jogo.

Na sequência regressiva, ele sentiu-se no corpo de um velho abandonado. Viu a sede da fazenda e o casarão onde morava em situação deplorável. Não lhe restava mais nada, somente a velha casa em ruínas como companhia, pois havia perdido para o vício e para a boemia, a riqueza, a dignidade e a família... 

A partir dessa experiência, o jovem pai e marido venceu a crise depressiva, reajustou-se no emprego e foi promovido a um cargo de chefia na loja em que trabalhava. A experiência regressiva caíra-lhe como uma luva no sentido das respostas que procurava para que se dissipasse a névoa da confusão em que deixara-se envolver até somatizar a depressão. 

O jovem permaneceu morando na vila, porém não mais como um "pobre orgulhoso", mas como um indivíduo portador de significativos acréscimos de qualidade em seu processo de autoconhecimento.

"A riqueza e a pobreza material são criações do homem. Cabe ao próprio homem transformar essa realidade".

Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos


Texto revisado por: Cris


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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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