Você já pensou na sua próxima vida?
Atualizado dia 23/01/2015 12:13:07 em Vidas Passadaspor Flávio Bastos
Parece um paradoxo, mas pelo viés do modelo emocional-comportamental de cada indivíduo inteligente, a regressão de memória a vidas passadas encontra-se em sintonia com as vidas futuras, ou seja, o conhecimento do passado pode servir como fator de conscientização no sentido do que deve ser modificado a partir do presente.
O padrão emocional-comportamental que trazemos de outras vidas, quando associado às experiências psiquicamente traumáticas da vida atual, intensificam sentimentos e emoções negativas que nos acompanham há séculos. Essa energia psíquica ganha força à medida que nos tornamos prisioneiros de um estado de coisas que envolveu o Livre-Arbítrio e o resultado das experiências nas relações parentais, via educação.
No sentido terapêutico, a regressão de memória a vidas passadas serve como instrumento de importantes informações que visam, acima de tudo, estabelecer conexões com a dor psíquica ou nível de sofrimento experienciado pela pessoa. Na grande maioria dos casos, a dor é sentida desde muito tempo, mas intensifica-se à medida que ocorrem novas experiências traumáticas em cada vivência corpórea do espírito imortal.
Durante a experiência terrena, se não ocorrer um fato novo que altere este estado de coisas, a tendência é o indivíduo manter o seu modelo comportamental alimentado pela energia de emoções negativas que potencializam a dor psíquica a cada nova experiência traumática durante as fases infantis da trajetória vital.
Nesta direção, Bruce Goldberg, em seu livro "Vidas passadas, vidas futuras", afirma que somente após o tratamento de nossas vidas passadas, com nosso karma amenizado, nos seja liberado o caminho para iniciar a pesquisa de nosso futuro imediato ou mesmo de nossas vidas futuras. Isso pode acontecer por um motivo simples: antes de saber de nosso futuro, é necessário buscar referências pessoais e autoconhecimento através do conhecimento e de purificação de nosso passado. Assim, passado, presente e futuro poderiam se harmonizar num contínuo temporal mais claro e lúcido, com um número menor de mazelas e moléstias. Talvez seja possível afirmar que, quanto mais conseguimos regressar e tratar nosso passado, mais conquistamos a abertura para ir adiante e ter conhecimento de nosso futuro.
Podemos nos perguntar: mas por que a visão do futuro é tão importante? O motivo mais óbvio é o de que, quanto mais conhecemos o nosso passado, mais podemos modificar o presente. No caso de visualizarmos um futuro comprometedor no sentido kármico, pensaremos duas vezes antes de fazermos as nossas escolhas.
Desta forma, o futuro sempre depende daquilo que construímos a partir do presente, ou seja, conhecendo com profundidade nosso presente -que é a síntese de nosso passado- podemos ter um vislumbre de nosso futuro. O desafio consiste em revivenciarmos através das psicoterapias de abordagem interdimensional, os acontecimentos de nosso passado para que possamos vê-los com uma nova ótica, um novo ângulo e, com isso, modificar todo um padrão de crenças e emoções negativas construídas na vida atual a partir do útero materno, ou num passado remoto, além da vida intra-uterina.
Portanto, "pensar" na próxima vida, como sugere o título deste artigo, não significa gerar altos níveis de ansiedade em relação ao próprio futuro, mas investir no conhecimento de si mesmo a partir do presente. Assim, o agente de sua trajetória vital estará preparando o terreno do futuro com um nível de conhecimento que lhe permite expandir a consciência através de um olhar lúcido sobre a realidade da vida.
Ora! Sendo a vida uma escola e a reencarnação uma oportunidade de "passar de ano", a atitude inteligente do ser pensante é aproveitar a chance que nos é -mais uma vez- concedida e vislumbrar o futuro a partir da alteração de um paradigma emocional-comportamental que nos acompanha há séculos, porque o mínimo que conquistarmos neste desafio, terá uma nova dimensão no próximo capítulo existencial.
Como muitas pessoas podem presumir, pensar na próxima vida não é perda de tempo, mas tempo ganho no sentido do processo de pacificação interior, ou seja, de erradicação de energias psíquico-espirituais responsáveis pela origem do sofrimento humano: as dores do corpo e da alma.
Vislumbrar um futuro melhor para si -e para o outrem- representa a busca do bem-estar individual e do bem comum. Objetivo que se constroi através de um lúcido olhar sobre os significados da vida em um mundo de regeneração espiritual chamado Terra.
Texto revisado
Avaliação: 5 | Votos: 102
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Vidas Passadas clicando aqui. |