A confiança, qualidade essencial para uma vida equilibrada, só pode ser verdadeiramente sólida quando tem como premissa o nosso próprio ser.
Somos ensinados desde cedo a confiar em nossos pais, pois eles sabem o que é o melhor para nós. Depois, nos dizem para confiar em nossos mestres e nos líderes religiosos. Mais tarde virão os políticos e tentarão nos convencer de que devemos entregar a eles nossa confiança.
Entretanto, raras são as pessoas que em sua infância tiveram um incentivo para que confiassem em si próprios, nas suas percepções, nos seus sentimentos, nos seus insights criativos.
Assim, é natural que ao longo da vida tenhamos nos acostumado a seguir padrões externos, pois acreditamos que eles são um guia seguro para evitar equívocos.
Um ser humano que confia em si mesmo é considerado perigoso pela sociedade, pois ele será um rebelde, não vai aceitar regras impostas e sempre ouvirá seu coração antes de tomar qualquer decisão, sejam quais forem os argumentos que lhe apresentem.
A independência é uma qualidade fundamentalmente relacionada à confiança em si próprio. Se basearmos nossas escolhas em crenças que nos foram impostas, certamente elas se mostrarão frágeis, uma vez que não irão corresponder à nossa verdade interior.
E aí, sim, o risco de que erremos se torna maior. Mas a noção de erro aqui não significa simplesmente contrariar o senso comum. Ela diz respeito a fazer algo que vá contra a nossa essência, aquilo de que necessitamos para sermos felizes e que, portanto, só pode resultar em sofrimento.
A autoconfiança é um aprendizado que todos precisamos desenvolver pois, sem ela, jamais teremos o privilégio de saborear o gosto da verdadeira liberdade.
"Um homem que confie em si próprio... estará pronto a correr todos os riscos pela sua confiança - mas só e apenas quando ele a sente, apenas quando ela é verdadeira, apenas quando ela mexe com o seu coração, apenas quando ela mexe com a sua inteligência e com o seu amor". Osho.