O simbolismo dos quatro elementos básicos da natureza: terra, fogo, ar e água, está presente nas tradições filosóficas, religiosas ou mitológicas de praticamente todas as culturas.
E esta abordagem também tem um papel significativo na astrologia. Num mapa astrológico natal, o elemento regente dos signos onde se localizam o Sol, a Lua e o Ascendente -, fornece dados importantes acerca da natureza da pessoa. Ele indica as energias e qualidades principais com as quais ela está conscientemente sintonizada.
Além disso, na configuração geral do mapa, os elementos dominantes na posição de todos os planetas nos signos, mostram quais as energias com as quais a pessoa é capaz de lidar mais facilmente na vida cotidiana. Também indicam quais as áreas de experiência nas quais ela pode participar, de maneira natural e espontânea.
Os elementos com pouca ênfase ou totalmente ausentes no mapa, revelam domínios específicos de atividade na vida, com os quais a pessoa não está em contato.
Isto significa que essa sintonia terá de ser conscientemente cultivada e desenvolvida, para que a pessoa possa ter uma participação, mesmo que mínima naquele campo de experiência, de modo a alcançar uma vida satisfeita e completa.
É lógico que não se pode criar a sintonia imediata com aquele elemento, simplesmente por obter a informação. Mas é possível desenvolver uma compreensão de que há campos de estudo e de atividade, onde a pessoa pode aprender o que lhe seja fundamentalmente necessário.
Do mesmo modo, aqueles que possuem uma ênfase demasiada num determinado elemento na carta natal, tendem a valorizar exageradamente aquela área de experiência, em detrimento de seu potencial de integralidade.
Naturalmente, são poucas as pessoas que trazem este equilíbrio dos elementos numa proporção ideal. A falta de algum elemento não deve ser considerada como uma característica necessariamente negativa, na forma da pessoa abordar a vida.
Ter nascido com esta configuração natal, tem o sentido de levá-la a atuar conscientemente, de modo a despertar as qualidades e afinações que lhe faltaram ao nascer, para sua evolução espiritual.
Assim, a falta de equilíbrio dos elementos deve ser vista não como um fator que limita a autoexpressão da pessoa durante a vida, mas como um desafio que, uma vez enfrentado, a levará a um grande crescimento interior.