Raros são os seres humanos que receberam, em sua formação, uma educação voltada para o equilíbrio emocional. Nada nos prepara na infância para a resolução de conflitos, sejam eles internos ou externos.
Resolver os conflitos internos é, aliás, condição essencial para que possamos lidar com os conflitos externos com serenidade. Geralmente, vendem-nos a ideia de que tentar enfrentar um conflito buscando o entendimento e até mesmo cedendo em algum momento, para garantir a harmonia, é sinal de fraqueza e covardia.
Sem dúvida, a força interior é o alicerce fundamental para que a opção pela empatia e não pela agressividade, esteja presente, já que esta força não é física, mas sim espiritual.
Mas ela só existirá se os conflitos internos estiverem ausentes, ou seja, se tivermos a coragem de enfrentar nossos medos e limitações, de modo a alcançar a integração interior, um estado permanente de paz e segurança.
Reeducar-se emocionalmente exige uma atenção constante sobre nossas emoções e sentimentos, reconhecendo-os e sendo fiel ao que eles nos apontam, a cada momento.
Entender que somos os únicos responsáveis por preencher nossas necessidades interiores, é o motor que nos leva à ação. A autonegação traz consigo angústia e infelicidade.
Assumir a tarefa de nossa educação emocional é o único caminho para que possamos resgatar, de forma radical, nossa verdadeira natureza e direcionar-nos por ela, em todas as dimensões da vida.