Drops de astrologia: um pouquinho da história, parte I
Atualizado dia 3/29/2022 12:43:29 AM em Astrologiapor Astrolink
Antiguidade e Oriente Médio
Nossas primeiras informações sobre o estudo do céu são de quando os Sumérios começaram a viver na Mesopotâmia há mais ou menos 5.000 a.C.. Eles ergueram torres bem altas que serviam a vários propósitos, principalmente como templos religiosos e observatórios astronômicos. Essa região, nos dias atuais, corresponde a grande parte do Iraque e Kuwait, além de algumas partes da Síria, Turquia e Irã. Com o passar do tempo, os conhecimentos que os Sumérios acumularam nessa época foram incorporados a outras civilizações.Uma delas foi a civilização babilônica. A Babilônia (onde fica atualmente o Iraque) se tornou a capital do Oriente Médio na antiguidade, estendendo sua influência por todos os povos e regiões próximas, onde seus sacerdotes aprimoraram seu conhecimento sobre o movimento dos astros, acreditando que eram sinais divinos.
Por volta de 668 - 627 a.C., Assurbanípal, o último grande rei dos Assírios, mandou construir uma enorme biblioteca na cidade de Nínive, que passou a abrigar uma coletânea imensa com obras responsáveis por muito do que sabemos sobre a própria Mesopotâmia e também referentes à Astrologia.
De fato, a astrologia se desenvolveu de forma mais criteriosa na Mesopotâmia, como um conjunto de elementos classificados e organizados entre os povos da Babilônia, Pérsia, Suméria e Assíria, além dos Caldeus. Para se ter uma ideia da importância da Caldeia na astrologia, basta dizer que por séculos os Caldeus eram chamados apenas de astrólogos.
No Egito, boa parte do seu conhecimento também foi herdado dos antigos Sumérios (e talvez dos mitológicos Atlantis, mas isso é assunto para outro momento). Seus conhecimentos sobre os mistérios dos céus fizeram dos egípcios os precursores da atual Era de Aquário, a Era tão esperada a qual estamos adentrando aos poucos.
A posição dos astros ajudava a calcular a passagem do tempo (os primeiros relógios foram solares), o clima e as estações do ano, portanto, as pessoas da época conseguiam determinar os períodos certos para plantar, colher e até pescar. Ao longo dos séculos, a astrologia teve bastante aceitação entre estudiosos e reis, que costumavam ter seus próprios astrólogos entre seus conselheiros.
Astrologia Clássica
Na Grécia, o astrônomo e matemático Hiparco introduziu a astronomia babilônica no século II a.C e a astrologia como a conhecemos atualmente nasceu exatamente nesse momento. Algumas centenas de anos mais tarde, Ptolomeu publicou um influente tratado astrológico denominado Tetrabiblos, construindo também toda uma associação aos 4 elementos e adicionando o conceito de aspectos astrológicos.Posteriormente, o estudo da astrologia teve grande influência em todo o oriente. No século VI, por exemplo, a cidade de Bagdá foi fundada em uma data determinada por trânsitos astrológicos, pois o califado incentivava bastante esta prática. Mashallah foi um astrólogo, astrônomo e matemático do século VIII que ajudou a eleger a melhor data para a fundação de Bagdá. Posteriormente, seus textos influenciaram importantes astrólogos como o europeu Guido Bonatti, no século XIII e William Lilly, no século XVII.
A divisão entre Astrologia e Astronomia
Séculos mais tarde, bebendo da fonte astrológica, teve origem a astronomia e as demais ciências que usam a matemática e a geometria para descrever a natureza e seus ciclos. A divisão entre Astronomia e Astrologia aconteceu bem tarde, apenas na era do iluminismo, com o advento da ciência moderna. Johannes Kepler foi ao mesmo tempo astrônomo, astrólogo e matemático e, assim como Galileu, dava bastante valor à astrologia. O atual estudo da química também tem suas origens em conhecimentos medievais, como a alquimia. Muitos médicos medievais acreditavam que a posição da Lua ou de outros astros determinava dias bons ou ruins para fazer diversos tipos de tratamentos nos pacientes.As duas ciências andaram juntas por mais de mil anos até que em 1666, a Academia de Ciências foi criada na França, deixando a astrologia de fora. A questão da época era que, para haver contraponto entre os tempos "sombrios" da idade média, a humanidade deveria abandonar qualquer tipo de suposição, superstição e misticismo em busca de um conhecimento que pudesse ser matematicamente formulado e provado. Assim, a Astronomia, sendo a pequena parte matemática desse grande campo de estudo da Cosmologia, foi destacada e somada à física, química, matemática e biologia. O restante do conjunto de conhecimentos relativos ao céu foi classificado como pseudo-ciência e a Igreja Católica, sempre ávida por ser a única fonte de misticismo por ser uma religião monoteísta, surfou nessa onda. Outros países católicos seguiram o exemplo e baniram o estudo das universidades. Uma curiosidade interessante é que algumas instituições brasileiras já tiveram um curso superior em Astrologia em seus currículos antigamente. Na segunda parte desse artigo, falaremos sobre o revival da Astrologia e como os conhecimentos clássicos evoluíram com a sociedade e a própria ciência, até criar a Astrologia Moderna.
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