SANHAIN: O FESTIVAL QUE COMEMORA A VITÓRIA DA LUZ SOB A ESCURIDÃO

por Rosana Ferraz Chaves

Sanhain e Beltane são os principais festivais da cultura celta. Em Sanhain fazemos uma reverência aos nossos antepassados e assim que essa festividade termina, comemoramos o ano novo.

Samhain (que significa em gaélico: “fim do verão” - pronuncia-se SOUEIN).

Para os celtas, o Samhain era um dos mais importantes festivais do calendário do ano e, era uma celebração que iniciava no anoitecer do dia 31 de outubro e durava cerca de três dias.

Samhain marcava a transição entre a metade mais iluminada (da primavera-verão) para a metade mais escura do ano (outono-inverno) e era celebrada entre todas as comunidades celtas da Europa, incluindo a Irlanda, País de Gales, e a Escócia.

Os celtas antigos dividiam o ano em duas metades, a mais iluminada e a mais sombria, e realizavam celebrações para marcar as trocas de cada estação: Imbolc (entre o solstício de inverno e o equinócio da primavera), Beltane (entre o equinócio da primavera e o solstício de verão), Lughnasadh (entre o solstício de verão e o equinócio de outono) e Samhain (entre o equinócio de outono e o solstício de inverno).

A RELAÇÃO ENTRE SAMHAIN E O HALLOWEEN

Samhain também é considerado a celebração que deu origem ao Halloween. Isso porque era uma época de “intensidade sobrenatural”, como relatam historiadores como o irlandês do século 17, Geoffrey Keating, que escreveu o livro “The History of Ireland” em 1857.

Nele, Geoffrey conta que os celtas da época acreditavam que a força da escuridão estava presente e, por isso, construíam uma grande fogueira na esperança de agradar aos deuses druidas e ajudar no processo regenerativo da agricultura.

Os druidas, antigos sacerdotes celtas, fariam uma nova fogueira, na qual os ossos dos animais sacrificados seriam jogados e a conexão entre os mundos dos vivos e mortos seria equilibrada, explica um artigo publicado no site da Brown University, dos Estados Unidos. Essa é uma tradição que foi se modificando com o tempo, mas muitos de seus elementos entram na ideia atual de Halloween.

Acreditava-se que durante o Samhain, as almas dos mortos voltavam para suas casas, então as pessoas se vestiam com fantasias, máscaras e acendiam fogueiras para afastar os espíritos maus, explica a World History Encyclopedia. Dessa forma, os personagens populares do Halloween, como bruxas, os próprios druidas, fogueiras, fantasmas e duendes, passaram a ser associados ao feriado.

Com o passar dos tempos, o festival foi mudando e recebendo novos nomes: All Hallows Eve, ou Halloween, que é o nome moderno em inglês para o antigo festival; em irlandês segue conhecido como Samhain e em galês, é Nos Galan Gaeaf: a “véspera de inverno”.

Fonte: National Geographic Brasil

Nós podemos aproveitar a intensidade desta época, não só para reverenciar nossos antepassados, mas também para “enterrar os nossos mortos”, que estão vivos apenas dentro de nossas cabeças, adiando o nosso futuro, nos prendendo em correntes, nas situações que já deveriam ser esquecidas.

É óbvio que temos memórias, mas também é óbvio, que tudo na vida tem um objetivo e ficar revivendo todo santo dia, uma ou várias situações desagradáveis que não podem ser mudadas, só serve para nos deixar doentes.

Aproveite este momento de reflexão e faça uma pequena experiência comigo.

Todas essas mágoas e este sentimento de injustiça, te levam a pensar em algumas pessoas, que podem mesmo ter causado muito prejuízo.

Essas situações, essas cenas mentais que você acredita que não precisavam ter ocorrido ou ter terminado desse jeito, causam um tipo de vacuidade mental, como se houvesse buracos dentro de nós, que precisassem ser preenchidos com coisas boas.

Eu chamo isso de “Buracos de Alma”. Esses buracos aparecem nas auras, como manchas escuras, grudadas na sua energia e podem te acompanhar por muitas vidas, causando doenças graves e até câncer.

Independente de como Deus se apresentou em sua vida, ou qual nome você dá para esse poder, quero que você o chame pelo nome de Fonte, que é um dos nomes mais antigos de Deus.

Façamos agora uma pequena oração, para que essa Fonte limpe a nossa aura dessas manchas escuras. Repita comigo, até que essa frase faça algum sentido em sua mente e no seu coração.

“Eu peço que a Fonte preencha de luz, todos os buracos da minha alma”.

Repita isso quantas vezes achar necessário. Não precisa ter fé, mas precisa estar aberto.

Se você fizer isso de bom coração, rostos e nomes de pessoas começarão a aparecer na sua mente. E prepare-se, porque são inúmeras!

Esses nomes e rostos, indicam situações que estão te prendendo na vida e indicam a quantidade de vezes que você precisaria reencarnar, até resolver a situação com cada uma. É assim que o carma te pega.

Depois que os nomes, situações e rostos cessarem, faça esta outra oração.

“Dou por encerrado qualquer ligação com toda pessoa que me prejudicou, por vontade própria ou por imposição. Que você seja feliz em seu caminho. Eu sou feliz em meu caminho. Que assim se faça”.

Seja sincero e você verá como várias portas se abrirão em seu caminho, várias doenças serão evitadas e sua saúde se renovará, porque a Luz finalmente tomou o lugar das trevas.

Este é o real significado de Samhain. O mal está na cabeça de gente má, que insiste em espalhar ódio entre quem pensa diferente dela.
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Autor: Rosana Ferraz Chaves
Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo.
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